Desenvolvimento

Placenta e Cordão Umbilical

Nos mamíferos eutérios, durante a formação do embrião, surgem duas novas estruturas: a placenta e o cordão umbilical, que não devem ser considerados verdadeiros anexos embrionários, uma vez que resultam de transformações destes.

Placenta

A placenta é formada por modificações do córion, que vai formar a parte fetal.

Por volta do quarto mês de gestação, a placenta está completamente formada, tendo o aspecto de um disco com cerca de 20 cm de diâmetro e mais ou menos 500 gramas. As vilosidades coriônicas são irrigadas pelos vasos sanguíneos, os quais chegam até ela pelo cordão umbilical.

É pela placenta que ocorre a troca de várias substâncias entre a mãe e o feto. Não há mistura entre o sangue de ambos. A passagem das substâncias é feita principalmente por difusão e osmose. Ela exerce as funções de nutrição, respiração (trocas de CO2 e O2), excreção, defesa imunitária (deixa passar anticorpos da mãe para o feto) e hormonal.

O embrião não se desenvolve dentro da cavidade normal do útero, mas sim no interior do endométrio, que forma uma cápsula ao seu redor. Essa cápsula vai crescendo e acaba por ocupar toda a cavidade uterina até dilatá-la. A camada do endométrio que se aloja no embrião é chamada decídua (que desce) porque é eliminada juntamente com os anexos embrionários no parto.

Placenta

Cordão umbilical

É considerado uma especialização do alantoide dos mamíferos. Admite-se que o alantoide orienta a formação dos vasos que percorrem o cordão umbilical (vasos umbilicais ou alantoidianos).

Durante o processo de delimitação do corpo do embrião, o pedúnculo do embrião, onde se encontra o alantoide, desloca-se em direção ao pedúnculo do saco vitelino e ambos se fundem. Forma-se, assim, o cordão umbilical, que une o feto à placenta. No interior dele, existem duas artérias e uma veia que possibilitam a circulação do sangue do feto até a placenta.

Ao final da gravidez, o cordão umbilical tem um diâmetro médio de 2 cm e cerca de 55 cm de comprimento, permitindo que o feto se desloque livremente no interior da cavidade amniótica.

Por: Paulo Magno da Costa Torres

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