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Esporozoários

Nesse trabalho vamos falar sobre um filo específico  do reino Protista, os esporozoários, eles são um tipo específico de protozoário. Entre algumas de suas características gerias é que eles são sempre parasitas pelo fato de serem heterótrofos e não possuírem nenhum meio de locomoção. No trabalho falaremos sobre os dois tipos de esporozoários mais conhecidos: o que causa a malária e o que causa a toxoplasmose.

Características do Filo

Os esporozoários são assim chamados pois se reproduzem por corpos germinativos ou esporos, por causa de uma múltipla divisão de ciclo vital complicada. Esporozoários são parasitas de formas heterogêneas que habitam em outras células e no glóbulo vermelho. Absorvem seu alimento dos organismos que parasitam. Eles são obrigatoriamente parasitas pois não possuem meio de locomoção como na maioria dos outros tipos de protozoários.

Existem duas doenças transmissíveis pelo esporozoário são a malária e a toxoplasmose.

A Malária

A malária é uma doença infecciosa aguda, conhecida também pelos nomes de maleita, sezão, impaludismo e tremedeira.

O principal sintoma da malária é a febre. Após a incubação aparecem sintomas como mal-estar, falta de apetite, calafrios, febre, suor intenso, vômitos, dores no corpo, náuseas e dores de cabeça. Pois os protozoários crescem dentro das células hepáticas. Poucos dias antes da primeira crise, os micro-organismos invadem as hemácias, que são destruídas durante o processo de desenvolvimento do plasmódio, provocando essas crises febris típicas da moléstia.

A malária pode ser causada por uma ou duas das quatro espécies de Plasmódium:

  • Plasmódium vivax;
  • Plasmódium falciparum;
  • Plasmódium malariae;
  • Plasmódium ovale.

Quando causada na espécie do Plasmódium vivax a febre típica se apresenta na forma terçã benigna, pelo Plasmódium falciparum é de forma terçãn maligna, pelo Plasmódium malariae a febre se apresenta de forma quartã, e pelo Plasmódium ovale de forma oval. Este último inexiste no Brasil.

A forma mais grave é a terçã maligna, que, além das febres e calafrios provocados pelas demais, causa também icterícia, transtornos de coagulação do sangue, choque, insuficiência renal, encefalite e coma, podendo levar à morte. Nas zonas endêmicas, são comuns os casos de infecções mistas.

A malária é transmitida pelo mosquito anofelino que pertence ao gênero dos Anopheles onde compreende cerca de 400 espécies, mas apenas 70 transmitem a malária. O uso do DDT no combate ao mosquito levou a uma redução significativa nos índices de malária. Contudo, a partir da década de 1970, houve uma explosão da doença pela diminuição das ações, o surgimento de anófeles resistentes ao DDT e as pressões para a suspensão do uso do inseticida.

Os anófeles são ainda vetores secundários das filarioses. A fêmea do anófele pica durante a noite e põe ovos em águas paradas. No Brasil, o principal transmissor da malária é o Anopheles darlingi. A doença pode ser contraída de uma pessoa doente para uma sadia através da fêmea do mosquito.

Os adultos que vivem nas zonas endêmicas tendem a tornar-se resistentes à infecção, daí porque os grupos mais afetados costumam ser as crianças e os jovens. Mas, no Brasil, na década de 1970, a abertura de frentes de colonização na Amazônia expôs à infecção grandes parcelas de população não imune. Eram migrantes de estados do Sul do país, onde não se encontra o mosquito anófele, que seguiram para o Centro-oeste e para Rondônia.

O melhor jeito de se prevenir da malária é evitar o contato com pessoas que tenham contraído a doença, e que as pessoas que tiveram a malária não doem sangue, pois pode ter tido um tratamento inadequado e obter ainda no sangue gametócitos infectantes. A doença ocorre principalmente nas regiões tropicais e subtropicais, em cujas áreas úmidas ou pantanosas infestadas pelo mosquito torna-se endêmica.

Trata-se da malária através de seções de quimioterapias, que visão a interrupção da transmissão e a eliminação completa do reservatório do parasita. Na fase de ataque tem-se o objetivo de completar a ação do inseticida, mas na fase de vigilância deve-se impedir que o doente possa infectar os mosquitos.

A toxoplasmose

É causada pelo esporozoário Toxoplasma gondii; da família Toxoplasmatidae; da ordem Endodyococcida; da subclasse Coccidia.

O gato, principal responsável pela contaminação de homens e animais, contrai a doença ao comer carnes cruas contaminadas (de ratos ou pássaros infectados). No intestino do felino, os protozoários se desenvolvem e são eliminados pelas fezes, as quais podem infectar outros animais inclusive o homem.

Na maioria das vezes a toxoplasmose é benigna, mas pode causar lesões açulares, causando a perda parcial da visão. É uma doença perigosa para mulheres grávidas – toxoplasmose congênita – pois o esporozoário pode localizar-se no feto e provocar hidrocefalia, convulsões, atrofia cerebral, anemia, problemas no fígado e alterações oculares.

A toxoplasmose é difícil de ser reconhecida, pois tem os sintomas parecidos com de várias outras doenças e são muitos variáveis e multiformes, os sintomas mais comuns são:  mal-estar; dores de cabeça e músculos; febre que dura semanas ou meses; aumento dos gânglios linfáticos.Abaixo umas subdivisões das formas sintomáticas da toxoplasmose:

  • Formas leves ou subclínicas: ocorre na maioria dos casos de toxoplasmose adquirida em que o indivíduo nem percebe que está doente, os sintomas não ultrapassam o período prodrômico e nem chega ao exantema.
  • Forma linfadenítica: é a forma mais comum da toxoplasmose adquirida, ocorrendo tanto em crianças como nos adultos, é caracterizada pelo enfartamento ganglionar sendo de grau variável, acometendo em alguns casos a cadeia ganglionar dos hilos pulmonares.
  • Forma nervosa: ocorre um comprometimento do SNC (Sistema Nervoso Central) que pode surgir isoladamente ou acompanhado de enfartamento ganglionar, é caracterizada pelos sintomas da meningoencefalite.
  • Forma exantemática: é uma forma grave da doença em que o protozoário é encontrado em quase todos os órgãos. Os pulmões podem sofrer um processo de pneumonite intersticial, o exantema é do tipo máculo-papuloso e hemorrágico generalizado, existe comprometimento do sensório, febre elevada e fenômenos hemorrágicos.
  • Forma ocular: ocorre lesões graves oculares inflamatórias e degenerativas.
  • Forma miocárdica: ocorre comprometimento do miocárdio que pode evoluir para uma forma crônica.
  • Forma pulmonar: ocorre um comprometimento pulmonar

A toxoplasmose, geralmente, evolui de forma benigna, em semanas ou meses ela desaparece sem maiores consequências para o organismo.

A doença  é transmitida no contato com animais domésticos, através de suas fezes, principalmente do gato. Os protozoários que são eliminados nas fezes do gato podem durar meses em solo úmido, exposto a moscas, baratas e minhocas que contagiam os alimentos que ingerimos, principalmente a carne.

As gestantes devem evitar contatos com animais domésticos e quando tocarem em objetos onde os animais encostam, deve-se sempre lavar bem as mãos. No organismo humano, os protozoários se multiplicam e atacam todos os órgãos através do sangue causando infecção generalizada:

  • Deficiências neurológicas
  • Inflamação nos olhos
  • Complicações musculares
  • Hepatite
  • Pancreatite
  • Complicações nos gânglios linfáticos

Os medicamentos utilizados são a sulfadiazina, pirimetamina e ácido fólico na dosagem indicada pelo médico. O tratamento pode durar de 30 a 40 dias no caso da toxoplasmose adquirida e um ano no caso da toxoplasmose congênita

Conclusão

Concluímos nesse trabalho que  os esporozoários além de serem muito pouco conhecidos e haver poucos desses tipos de protozoários no mundo, ele podem causar muitos malefícios a nossa saúde e a de outros animais, dando muita dor de cabeça em muita gente.

Referências:

  • Microsoft Enciclopédia Encarta  2001
  • http://www.santalucia.com.br
  • http://www.mccorreia.1701.vilabol.uol.com.br
  • Ministério da Saúde. Nota explicativa sobre doenças parasitológicas. Vitória. Nota 1999/02

Veja também: