Saúde

Controle de Natalidade

Procedimentos de política demográfica (taxas de natalidade, mortalidade e migrações) visam basica­mente dimensionar de maneira mais adequada o tamanho da população e sua distribuição etária e geográfica, procurando integrá-los às metas de desenvolvimento do país. Entretanto, na maioria dos casos, a política demo­gráfica está ligada exclusivamente ao controle da natalidade.

O interesse por essa questão é de­vido ao crescimento demográfico acelerado, constatado em determina­das regiões, especialmente as subde­senvolvidas. Em certos países do chamado “Terceiro Mundo”, prati­cam-se intensos programas de esteri­lização, geralmente condenados pela opinião pública esclarecida e pelos especialistas em demografia. A alternativa que mais se propõe é a adoção de incentivos ao planejamento fami­liar voluntário.

Para frear o aumento populacional nas regiões onde a taxa de fecundidade é alta, alguns governos e enti­dades civis adotam programas de planejamento familiar que auxiliam as mulheres a ter menos gestações, porém mais seguras e saudáveis. Nas últimas três décadas, o número de mulheres e homens que usam algum método anticoncepcional moderno excede 1 bilhão.

A urbanização dos países em de­senvolvimento também é apontada como uma possibilidade de conter o crescimento populacional, uma vez que nas cidades a natalidade é em geral mais baixa que na zona rural.

O Japão instituiu a primeira polí­tica moderna de controle de natalida­de após a Segunda Guerra Mundial, criando um exemplo seguido por outros países; atualmente, a China tem a mais severa política de contro­le de natalidade do mundo.

No Brasil, não há uma política clara quanto à população, embora se observe uma tendência pró-natalidade em várias leis, como a do salário-família (5% do salário mínimo vigente para cada filho menor de 14 anos), as de proteção à trabalha­dora gestante, as do salário-maternidade, assim como a proibição do aborto.

Métodos de controle de natalidade

Diversos procedimentos são empregados para evitar a gravidez. Atualmente, os métodos disponíveis variam dos permanentes, tal como a esterilização cirúrgica, aos temporários, que devem ser utilizados durante o coito.

MÉTODOS DE BARREIRA

Consistem no bloqueio físico do útero para impedir a entrada do esperma. A camisinha, ou preservativo, é o mais usado pelos homens e, quando é empregada corretamente em cada coito, mostra-se eficaz em cerca de 97% dos casos. Para as mulheres, o método de barreira mais empregado é o diafragma, uma cobertura de borracha ajustada ao cérvix (colo do útero), contendo um creme ou geleia espermicida (destruidor de esperma), que imobiliza os espermatozoides.

DIU

O dispositivo intrauterino, ou DIU, é um anel ou espiral de plástico ou metal que se coloca no útero e que interfere com a implantação do óvulo.

MÉTODOS QUÍMICOS

Os anticoncepcionais orais, conhecidos pelo nome de pílula, são substâncias químicas, que funcionam alterando o modelo hormonal normal, para que não ocorra a ovulação. Outra forma de controle de natalidade por procedimentos químicos é o creme, espuma ou geleia espermicida que deve ser utilizado em cada coito.

ESTERILIZAÇÃO CIRÚRGICA

Na mulher, realiza-se cortando e ligando as trompas de Falópio, os condutos que levam o óvulo do ovário ao útero. Essa operação se chama ligadura de trompas. No homem, a esterilização é feita cortando os dois ductos que levam o esperma dos testículos ao pênis. Esse procedimento é denominado vasectomia.

PLANEJAMENTO FAMILIAR NATURAL

Baseia-se na abstinência de contato sexual durante os dias férteis. A identificação se dá controlando as mudanças na temperatura corporal ou observando as variações da mucosidade cervical, para conhecer o momento da ovulação.

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