Estados brasileiros

Rio Grande do Sul

Palco de sangrentas lutas desde os primeiros tempos da ocupação, e sobretudo em todo o século XVIII, o esforço da colonização forjou na gente rio-grandense um caráter forte e altaneiro. No século XIX o Rio Grande tornou-se o laboratório de uma bem-sucedida experiência de imigração europeia.

O estado do Rio Grande do Sul é uma unidade da República Federativa do Brasil localizada no extremo sul do país. Com uma área de 282.062km2, o que corresponde a pouco mais de três por cento do território brasileiro, o Rio Grande do Sul limita-se a leste com o oceano Atlântico, ao norte com o estado de Santa Catarina, a oeste com a Argentina e ao sul com o Uruguai. A área do estado inclui uma substancial massa de águas interiores, representadas por lagoas costeiras como as dos Patos, Mirim e Mangueira. A capital é Porto Alegre.

Geografia física

Geologia e relevo

O estado do Rio Grande do Sul apresenta, em sua maior parte, relevo baixo, com setenta por cento de seu território a menos de 300m de altitude. A única porção elevada, com mais de 600m de altitude, no nordeste, compreende 11% da superfície total. Podem-se descrever quatro unidades morfológicas no estado: a planície litorânea, o planalto dissecado de sudeste, a depressão central e o planalto basáltico.

Planície litorânea

Toda a fachada leste do estado é ocupada pela planície litorânea, que consiste em terrenos arenosos com cerca de 500km de extensão no sentido nordeste-sudoeste e largura muito variável. Os areais se desenvolvem tanto nas margens orientais quanto nas ocidentais das lagoas dos Patos e Mirim. Essas lagoas apresentam um desenho característico, com recorte lobulado, em virtude das pontas de areia que de uma e outra margem se projetam para dentro delas. Ao contrário do que acontece no interior das lagoas, a linha da costa apresenta traçado regular. A planície litorânea é constituída pela justaposição de cordões litorâneos (restingas), que às vezes deixam entre si espaços vazios ocupados por lagoas alongadas ou banhados (antigas lagoas colmatadas).

Planalto dissecado de sudeste

Também denominado impropriamente serras de sudeste, o planalto dissecado de sudeste compreende um conjunto de ondulações cujo nível mais alto não ultrapassa 500m. Trata-se de um planalto antigo, cuja superfície tabular só foi preservada entre alguns rios. Esses terrenos pré-cambrianos constituem o chamado escudo rio-grandense e ocupam toda a porção sudeste do estado, formando uma área triangular cujos vértices correspondem aproximadamente às cidades de Porto Alegre, Dom Pedrito e Jaguarão. O conjunto está dividido, pelo vale do rio Camaquã, em duas grandes unidades, uma ao norte e outra a sul, denominadas serras de Erval e Tapes, respectivamente. É o domínio típico das campinas, cuja melhor expressão é encontrada na campanha gaúcha.

Depressão central

Constituída por terrenos da era paleozoica, a depressão central forma um arco em torno do planalto dissecado de sudeste, envolvendo-o dos lados norte, oeste e sul. Forma um amplo corredor com aproximadamente cinquenta quilômetros de largura média e 770km de extensão, dos quais 450 no sentido leste-oeste, 120 no sentido norte-sul e 200 no sentido oeste-leste. A topografia suave e a pequena altitude em relação ao nível do mar (menos de cem metros), permitem classificar a depressão central como uma planície suavemente ondulada.

Planalto basáltico

A porção norte e oeste do estado é ocupada pelo planalto basáltico, que descreve uma meia-lua em torno da depressão central. Esse planalto, que tem como traço marcante a estrutura geológica, é formado pelo acúmulo ou empilhamento de sucessivos derrames basálticos (isto é, derrames de lava), intercalados de camadas de arenito. Alcançam espessura muito variável. No nordeste do estado registra-se a espessura máxima, responsável pela maior elevação do planalto nessa área.

A superfície do planalto apresenta uma inclinação geral de leste para oeste. No nordeste, junto ao litoral, alcança sua maior elevação, entre 1.000 e 1.100m; em Vacaria atinge 960m; em Carazinho, 602m. Em Cruz Alta, 469m; no extremo oeste do estado, junto à barranca do rio Uruguai, não ultrapassa cem metros. A topografia é plana ou levemente ondulada, mas os rios, que banham a parte mais elevada, abriram nela profundos sulcos ou vales, isolando compartimentos tabulares.

Um aspecto saliente do planalto é a forma de transição para as terras mais baixas com que se articula. A nordeste, cai diretamente sobre a planície litorânea, com um paredão íngreme ou escarpa, de quase mil metros de desnível: são os chamados “aparados da serra”. Os rios favorecidos pelo forte declive abriram aí profundas gargantas ou taimbés. Nesse trecho, próximo à divisa com Santa Catarina, a escarpa à borda do planalto corre paralela à costa. À altura de Osório, desvia-se bruscamente para oeste e a partir daí vai diminuindo progressivamente de altura. Nesse trecho voltado para o sul, os rios que correm para a depressão central abriram amplos vales. O rebordo do planalto basáltico recebe no Rio Grande do Sul, como nos demais estados meridionais, a denominação de serra Geral.

Clima

Dois tipos climáticos caracterizam o Rio Grande do Sul. O clima subtropical com chuvas bem distribuídas durante o ano e verões quentes (Cfa na escala de Köppen) ocorre na maior parte do estado. Registra temperaturas médias anuais de 18°C e uma pluviosidade de 1.500mm. O clima Cfb, subtropical com chuvas bem distribuídas no ano e verões amenos, ocorre nas porções mais elevadas do território sul-rio-grandense, isto é na porção mais alta do planalto basáltico, e no planalto dissecado de sudeste. Registra temperatura média anual de 16°C e pluviosidade de 1.100mm anuais.

Dos ventos que sopram no estado, dois têm denominações locais: o pampeiro, vento tépido, procedente dos pampas argentinos; e o minuano, vento frio e seco, originário dos contrafortes da cordilheira dos Andes.

Hidrografia

A rede de drenagem compreende rios que pertencem à bacia do Uruguai e rios que correm para o Atlântico. Os rios Jacuí, Taquari, Caí, Gravataí, Guaíba e dos Sinos, entre outros, são razoavelmente aproveitados para a navegação. Toda a região ocidental do estado e uma estreita faixa de terras ao longo da divisa com Santa Catarina pertencem à bacia do Uruguai. Compreende, além do rio Uruguai e seu formador, o Pelotas, os afluentes da margem esquerda: o Passo Fundo, o Ijuí, o Piratini, o Ibicuí e o Quaraí.

À vertente atlântica pertence toda a metade oriental do estado, drenada por rios cujas águas, antes de atingir o Atlântico, vão ter a uma das lagoas litorâneas. Assim, a lagoa Mirim recolhe as águas do rio Jaguarão, a lagoa dos Patos, as dos rios Turucu, Camaquã e Jacuí, as deste último por meio do estuário denominado Guaíba. A lagoa dos Patos se comunica com a lagoa Mirim através do canal de São Gonçalo, e com o Atlântico por meio da barra do Rio Grande. Além das duas grandes lagoas, há numerosas outras, menores, na planície litorânea, entre elas a Itapeva, dos Quadros, do Peixe e Mangueira.

Vegetação

Dois tipos de cobertura vegetal ocorrem no Rio Grande do Sul: campos e florestas. Os campos ocupam cerca de 66% da superfície do estado. De modo geral recobrem as áreas de topografia regular, plana ou ligeiramente ondulada, ou seja, a depressão central e a maior parte do planalto basáltico.

As florestas cobrem 29% do território estadual. Aparecem na encosta e nas porções mais acidentadas no planalto basáltico, no planalto dissecado de sudeste e, ainda, na forma de capões e matas ciliares, dispersas pelos campos, que recobrem o resto do estado. Nas áreas de maior altitude, com mais de 400m, domina a chamada mata de pinheiros, uma floresta mista de latifoliadas e coníferas, a chamada mata de pinheiros. Nas demais áreas ocorre a floresta latifoliada.

Nos dois tipos de floresta está presente a erva-mate, objeto de exploração econômica desde o início do povoamento do estado. Em cerca de cinco por cento do território ocorre a vegetação do tipo litorâneo, que se desenvolve nos areais da costa.

População

A população do Rio Grande do Sul é de origem predominantemente europeia, ali fixada sobretudo a partir do século XVIII e reforçada, no século XIX, por imigrantes alemães e italianos. A área de povoamento mais denso do estado é a de Porto Alegre, que inclui 21 municípios próximos. As regiões vizinhas do litoral norte e do rebordo do planalto basáltico figuram também entre as mais povoadas. Seguem-se a elas, na porção ocidental do estado, as áreas de Passo Fundo e Iraí.

Todo o território do Rio Grande do Sul se encontra na área de influência da cidade de Porto Alegre. A ação da capital gaúcha alcança ainda uma pequena faixa meridional do estado de Santa Catarina. No interior do Rio Grande do Sul a influência de Porto Alegre se efetiva por meio de centros intermediários, como Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas-Rio Grande, Erexim, Santa Cruz do Sul, Cruz Alta, Ijuí, Santa Maria, Bajé, Santana do Livramento, Alegrete e Uruguaiana.

A capital gaúcha figura entre as maiores cidades do Brasil. A expansão de sua área urbana pelos municípios vizinhos levou à firmação de uma área metropolitana de que participam Alvorada, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Dois Irmãos, Eldorado do Sul, Estância Velha, Esteio, Glorinha, Gravataí, Guaíba, Ivoti, Nova Hartz, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Triunfo e Viamão.

Economia

Agricultura e pecuária

Com uma expansão vertiginosa de sua cultura na década de 1970, a soja se tornou o principal produto agrícola do Rio Grande do Sul. A área de produção se encontra difundida por todo o quadrante noroeste do estado e compreende algumas porções da depressão central e sobretudo do planalto basáltico. O trigo, cultivado em condições ecológicas muito diferentes, é plantado quer em zonas de campo, quer em áreas florestais. Nas primeiras, assume o caráter de monocultura extensiva e mecanizada. Nas zonas de floresta surge como pequena lavoura integrada no sistema de rotação de cultura praticado por pequenos lavradores. A principal região produtora é o planalto basáltico, sobretudo sua porção ocidental.

O arroz é cultura típica das áreas de menor altitude do estado. É quase sempre cultura irrigada e na planície litorânea, em decorrência da pobreza dos solos arenosos, recebe considerável aplicação de adubos químicos. O milho é cultura bastante difundida nas áreas de solos florestais e está comumente associado à criação de suínos, para o qual contribui como ração. A mandioca tem distribuição geográfica semelhante à do milho. Além de utilizada na alimentação da população rural, é empregada como forragem por criadores de suínos e bovinos.

O cultivo do fumo concentra-se na região da encosta inferior da serra Geral, nas zonas dos rios Taquari e Pardo. Outra cultura importante do estado é a da uva, que se concentra na região da alta encosta da serra Geral, nas zonas dos rios Taquari e Caí.

O Rio Grande do Sul destaca-se por sua produção agropecuária. O gado bovino criado na região do planalto destina-se sobretudo à produção de leite, enquanto que o criado no sul do estado, nos grandes estabelecimentos localizados na região da Campanha, ou estâncias, destina-se ao corte. A criação de ovinos concentra-se sobretudo na porção mais meridional da Campanha enquanto a de suínos, que absorve parte significativa da produção de milho e mandioca é típica das regiões florestais.

Merecem destaque as pastagens naturais da campanha gaúcha, em sua maioria utilizadas em pastoreio continuado e geralmente em potreiros de grande extensão, de modo a permitir a expansão das atividades pecuárias, de grande repercussão na economia regional.

Indústria

O Rio Grande do Sul é um dos estados com maior grau de industrialização no país. O principal gênero de indústria é o de produtos alimentícios, responsável por substancial parcela do valor da produção fabril. Seguem-se a metalurgia e as indústrias mecânica, química, farmacêutica, de vestuário e calçado e de madeira e mobiliário. A área industrial da região de Porto Alegre é a mais desenvolvida do estado. Os principais produtos são carnes frigorificadas, charques, massas alimentícias e óleo de soja. A indústria de calçados e artefatos de couro destaca-se particularmente em São Leopoldo e Novo Hamburgo. A indústria mecânica e metalúrgica alcança também considerável expressão, sobretudo em Porto Alegre, Novo Hamburgo e São Leopoldo. A esses centros junta-se São Jerônimo, que abriga a usina siderúrgica de Charqueadas.

Outra área industrial é a chamada região de colonização antiga, na qual se integram os municípios de Caxias do Sul, Garibaldi, Bento Gonçalves, Flores da Cunha, Farroupilha e Santa Cruz. A atividade fabril é marcada pela produção de vinho e beneficiamento de produtos agropastoris, tais como couro, banha, milho, trigo e fumo. No restante do estado encontram-se diversos centros industriais dispersos, todos ligados ao processamento de matérias-primas agropastoris. Destacam-se nesse grupo Erexim, Passo Fundo, Santana do Livramento, Rosário do Sul, Pelotas, Rio Grande e Bajé.

Entre os produtos minerais do estado destacam-se o cobre e o carvão. O Rio Grande do Sul foi pioneiro no refino de petróleo, com a instalação, em 1932, da Destilaria Sul-Riograndense, em Uruguaiana. Duas refinarias de petróleo e um polo petroquímico, que utiliza matéria-prima da refinaria Alberto Pasqualini, da Petrobrás (Canoas), dão ao estado posição de destaque na petroquímica nacional. Entre as ocorrências minerais conhecidas encontram-se jazidas de carvão mineral, minérios de cobre, chumbo, tungstênio e cristal de rocha.

As reservas de pinheiros do norte do estado, embora já limitadas em face da exploração intensa, constituem uma das principais riquezas vegetais. Os ervais, em apreciável extensão, também proporcionam extração vegetal para atender ao grande consumo regional. Vegetais taníferos, como, por exemplo, a acácia-negra, embora com produção reduzida, incluem-se entre os principais recursos da região.

Energia

Entre as principais usinas elétricas do estado sobressaem as hidrelétricas de Passo Fundo (220.000kW), no rio Uruguai; de Jacuí (150.000kW) e Passo Real (125.000kW), no rio Jacuí; e as termelétricas Candiota II (126.000kW), em Bajé, Charqueadas (72.000kW), em São Jerônimo, e Osvaldo Aranha (66.000kW), em Alegrete.

Transportes

O sistema ferroviário se desenvolve em torno do eixo central formado pela linha que, partindo de Porto Alegre, se dirige para oeste através da depressão central, indo alcançar a fronteira com a Argentina, em Uruguaiana. Desse tronco longitudinal se desprendem diversos ramos. De grande significação para o estado são as linhas que o ligam ao resto do país. Uma delas parte de Santa Maria, no eixo longitudinal, dirige-se para o norte e atravessa os estados de Santa Catarina e Paraná. Mais para leste, desenvolve-se outra linha no sentido norte-sul, passando por Monte Negro, Bento Gonçalves e Vacaria, cortando em seguida o leste de Santa Catarina e Paraná.

Outros ramos do eixo central se desenvolvem na porção sul do estado. Entre eles figura a ligação Rio Grande-Pelotas, Bajé-Cacequi, os ramais de Jaguarão, de Santana do Livramento e de Quaraí. No oeste do estado, assinalam-se ainda as ligações Uruguaiana-São Borja, São Borja-Santa Maria, Santiago-São Luís Gonzaga e Santa Rosa-Cruz Alta.

A malha de rodovias federais pavimentadas tem configuração diversa: forma um leque de estradas que convergem para a capital estadual. Ao longo do litoral norte corre a BR-101, que, partindo de Osório, chega até Natal RN. Ainda para o norte desenvolve-se a BR-116, que em demanda de Curitiba passa por Caxias do Sul e Vacaria. Para noroeste, a BR-386 passa por Lajeado e Carazinho. Para sudoeste, a BR-290 corre em direção a São Gabriel e Rosário do Sul. Finalmente, para o sul traça-se a ligação Porto Alegre-Pelotas-Chuí (BR-116 e BR-471).

A rede de vias de transporte do Rio Grande do Sul inclui ainda dois sistemas de navegação interior. O primeiro compreende, na parte leste do estado, as lagoas Mirim e dos Patos, o estuário do rio Guaíba e os rios Jacuí e Taquari. O segundo sistema compreende os rios Uruguai e seu afluente Ibicuí. Destacam-se no estado os portos de Porto Alegre, Rio Grande, Pelotas e São Borja. No porto de Rio Grande, reaparelhado em 1981, estão instalados terminais de granéis líquidos, sal, fertilizantes, trigo, soja, contêineres, carnes, carga geral, minérios e pescado. Para melhor aproveitamento de sua finalidade, organizou-se junto ao porto o Distrito Industrial do Rio Grande.

Cultura

Entidades culturais

Entre os principais estabelecimentos de ensino gaúchos destacam-se a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, ambas na capital; a Universidade de Passo Fundo (particular); a Universidade Federal de Pelotas; a Universidade Federal de Santa Maria; a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (particular), em São Leopoldo; a Universidade de Caxias do Sul (particular).

Entre as associações culturais, destacam-se o Instituto Histórico do Rio Grande do Sul, que edita uma Revista desde 1860, a Academia Rio-Grandense de Letras e a Associação de Imprensa, em Porto Alegre. Funciona na capital, subordinado à Secretaria de Educação e Cultura do estado, o Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul.

Museus

Os museus mais importantes do estado são o Júlio de Castilhos, o Museu de Armas General Osório, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul, o Museu de Arte Sacra e o Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, na capital; o Museu do Centro de Tradições Gaúchas Rincão da Lealdade, de produtos, trajes e objetos regionais, em Caxias do Sul; o Museu Antropológico de Ijuí; o Museu Histórico de Pelotas; o Museu Oceanográfico de Rio Grande; o Museu Histórico Vítor Bersani, em Santa Maria; o Museu Barão do Santo Ângelo, em Rio Pardo; o Museu Farroupilha, em Triunfo, instalado no antigo Palácio do Governo Farroupilha; e o Museu Colonial Visconde de São Leopoldo, em São Leopoldo.

Acervo arquitetônico

O estado possui rico acervo arquitetônico e dispõe de inúmeros monumentos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), entre os quais se destacam a igreja de São Sebastião, em Bajé, construída em 1863 e onde repousam os restos mortais de Gaspar Silveira Martins; o forte inacabado de D. Pedro II, em Caçapava do Sul; o palácio do governo farroupilha (hoje Museu Farroupilha), o quartel-general farroupilha e a casa de Garibaldi, em Piratini; a igreja de São Pedro, em Rio Grande; as ruínas do Povo e da igreja de São Miguel, em Santo Ângelo; a igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Viamão.

Turismo

Além dos monumentos históricos e das festas religiosas e populares, destacam-se na capital o palácio Piratini (sede do governo estadual), a catedral metropolitana, a igreja de Nossa Senhora das Dores, o parque Farroupilha, o auditório Araújo Viana, a ponte móvel da travessia Getúlio Vargas, o morro de Santa Teresa (cujo belvedere proporciona uma visão panorâmica da cidade), o Teatro São Pedro, e o hipódromo de Cristal.

No litoral contam-se alguns balneários conhecidos. O principal é o de Torres, com as praias Grande, da Guarita, da Cal e a Prainha. Em Capão da Canoa, estão localizadas as praias de Araçá, Arco-Íris, Guarani, Zona Nova, Noiva do Mar, Rainha do Mar e Capão Novo; em Tramandaí, as praias Jardim Atlântico, Oásis do Sul e Jardim do Éden.

Entre os pontos de interesse turístico da zona serrana, destacam-se as cidades de Canela, Gramado e São Francisco de Paula, com parques e cascatas. Também na região serrana se encontram as cidades de Caxias do Sul e Bento Gonçalves, centros de produção vinícola.

Eventos

Dentre as festas religiosas do estado, destacam-se, na capital, a procissão fluvial de Nossa Senhora dos Navegantes, em 2 de fevereiro, também conhecida como “Melancias”; a festa do Divino, celebrada na igreja do Espírito Santo; e as procissões de Corpus Christi e de nossa senhora Madre de Deus (padroeira de Porto Alegre).

Ainda na capital, realizam-se exposições anuais de animais e produtos derivados (agosto), a Semana Farroupilha (14 a 20 de setembro) e a exposição estadual de orquídeas (de 1º a 8 de dezembro); em Santana do Livramento e São Borja realizam-se exposições agropecuárias (outubro); em Caxias do Sul, a famosa Festa da Uva (fevereiro); e em Gramado, a Festa das Hortências (bienal) e a Feira Nacional de Artesanato (anual). Em todas as cidades da campanha gaúcha realizam-se rodeios (reunião de gado para contagem, cura ou venda).

Danças típicas do estado são o bambaquerê (espécie de quadrilha), e congada (auto popular), a chimarrita (fandango), a jardineira (dança figurada e cantada, de pares soltos) e a quebra-mana (dança sapateada e valsada). Nas zonas de colonização alemã, realizam-se os kerbs (bailes populares que duram em geral três dias).

A cozinha típica tem como prato principal o churrasco (pedaço de carne cortada em tira comprida e atirada ao braseiro do fogão). A bebida geralmente usada e mais consumida é o chimarrão (chá de erva-mate quente e amargo sorvido por meio de uma bomba). O vinho e o conhaque de maçã são outras das bebidas preferidas dos gaúchos.

Autoria: Poliana Fratari Queiroz

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