Geografia

Miami

Uma das cidades que mais rapidamente se transformaram no mundo ocidental, em apenas um século Miami se converteu numa das mecas internacionais do turismo, graças a seu dinamismo cultural, comercial e político.

Situada no sudeste da península da Flórida, nos Estados Unidos, Miami é sede do condado de Dade e está localizada na baía Biscayne, na foz do rio Miami, à margem do Atlântico. A área metropolitana inclui outras cidades, como Miami Beach, Coral Gables e diversos municípios menores. O clima é subtropical, com verões quentes e úmidos e invernos suaves e secos. A corrente do golfo e os ventos de sudeste acarretam temperaturas médias de 19o C no inverno e 27,5o C no verão.

O nome da cidade deriva de Mayaimi, que quer dizer “água doce” ou “água grande” na língua dos índios tequesta, que os espanhóis encontraram ao chegar à Flórida no século XVI. Para subjugar os nativos, fundaram uma missão religiosa em 1567, que na verdade serviu para proteger a rota dos navios que levavam tesouros para a Espanha e para socorrer as vítimas de naufrágios causados pelos recifes da Flórida.

Miami

Em 1821 os Estados Unidos compraram a península à Espanha e plantaram algodão e frutas tropicais, com ajuda da mão-de-obra escrava. A iniciativa foi prejudicada pela guerra com os índios, da qual resultou a construção do forte Dallas pelo governo em 1835, com o intuito de forçar os índios a migrar para o oeste. Nessa época chegaram os primeiros colonos, mas a cidade só começou de fato a desenvolver-se a partir de 1896, quando o empresário Henry M. Flagler percebeu o potencial turístico da região e estendeu até Miami a ferrovia da costa leste, de sua propriedade, construiu o suntuoso hotel Royal Palm e divulgou a cidade por todo o país, o que atraiu turistas e imigrantes.

Durante a década de 1920 a população quase triplicou, mas a especulação imobiliária desenfreada e os furacões de 1926 e 1935 desaceleraram o processo de crescimento. Em 1959, fugindo da revolução de Fidel Castro, entraram nos Estados Unidos cerca de 300.000 cubanos, dos quais a maioria se estabeleceu em Miami. A presença do novo contingente populacional infundiu vida nova à cidade, que passou a ter importância comercial e bancária e recobrou o vigor turístico. Entre 1959 e 1989, milhares de imigrantes hispânicos se estabeleceram em Miami, o que elevou a participação de latino-americanos na população local para quase cinquenta por cento do total e levou à adoção do espanhol como segunda língua. Essa cidade dentro da cidade foi apelidada de “El Nuevo Miami” — com periódicos, como o Diario Las Americas, e estações de rádio e televisão com programação em espanhol.

A principal atividade econômica é o turismo. Mais de vinte milhões de visitantes anualmente buscam o clima ameno e as praias da Flórida. Juntas, Miami e Miami Beach oferecem a maior concentração hoteleira de luxo do mundo, numerosas opções de lazer e um variado calendário de competições esportivas. Miami Beach tem a maior concentração mundial de arquitetura art déco, tombada pelo patrimônio histórico. O setor industrial é importante, mas limitado a confecções, plásticos, material eletrônico e construção civil. Miami conta com um moderno porto, que funciona tanto como centro pesqueiro como escala das rotas comerciais internacionais. O aeroporto é centro de conexão de voos locais e internacionais, sobretudo para a América Latina. Excelentes rodovias, vias férreas e linhas aéreas ligam Miami às mais importantes cidades dos Estados Unidos e do exterior.

A Universidade de Miami, fundada em 1928, é a maior instituição independente de ensino superior do sudeste do país. Dela faz parte um importante centro de estudos do mar, a Escola Rosenstiel de Ciências Marítimas e Atmosféricas. O laboratório oceanográfico da cidade é líder mundial em estudos submarinos e o Miami-Dade College Community fundado em 1960, é a maior instituição de ensino secundário do país.

Autoria: Nicole Medaets

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