O pau-brasil (Caesalpinia echinata)
Ao chegarem ao Brasil, os portugueses se depararam com a exuberante vegetação da mata Atlântica. Descobriram nela uma árvore que ficou conhecida como pau-brasil, devido à cor de brasa de sua madeira, chamada pelos índios de ibirapitanga.
Os índios a utilizavam para a confecção de seus arcos e flechas. Dela também extraíam um corante vermelho com o qual pintavam seus enfeites.
Os portugueses logo viram a possibilidade de grandes lucros, pois o corante produzido por essa árvore era muito semelhante ao de uma espécie encontrada no extremo oriente, que era utilizado para tingir tecidos.
Durante 30 anos exploraram indiscriminadamente essa riqueza, aparentemente inesgotável em nossa terra. Contaram com a ajuda dos próprios índios, que desde o início eram encarregados de cortar, aparar e arrastar as árvores até o litoral. Lá, os navios seriam carregados e a madeira, enviada para a Europa, para dela ser extraído o corante que dava cor às roupas da nobreza e que também era utilizado como tinta de escrever. A madeira era usada para fabricar móveis.
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Foi essa exploração predatória e contínua que quase levou a espécie à extinção, pois, apesar de ser considerado símbolo nacional, 98% da população brasileira não conhece o pau-brasil. O pau-brasil é uma árvore nativa da mata Atlântica que, originalmente, se estendia por uma faixa de 3 mil quilômetros ao longo do litoral brasileiro. Atualmente, está ameaçada de extinção, juntamente com um dos ecossistemas de maior biodiversidade do planeta.
Por: Renan Bardine
