História

Plano Marshall

Ao findar a Segunda Guerra Mundial, a Europa estava devastada, sem recursos, para recuperar sua economia e resolver seus problemas sociais. Sentindo que sua hegemonia nessa região estava em perigo, os Estados Unidos desenvolveram um plano de ajuda financeira, o Plano Marshall.

Objetivos

Instituído em 1947, o Plano Marshall consistiu em estabelecer ampla e eficiente assistência econômica estadunidense para a reconstrução do território e para a reestruturação da economia na Europa Ocidental capitalista. O objetivo era elevar o padrão de vida da população e restabelecer a normalidade da vida econômica na região de modo a afastar a ameaça socialista e a influência da URSS.

O plano, além de ser destinado a auxiliar a economia europeia, seria dar vazão às mercadorias americanas, evitando a possibilidade de crise.

Entre 1948 e 1952 foram emprestados 17 bilhões de dólares, tendo a Inglaterra, a França, a Alemanha e a Itália recebido as maiores doações, o que permitiu a retomada do ritmo industrial em torno de 25%.

Resultados

Esse plano permitiu aos governos europeus ocidentais implantarem o Estado do bem-estar social (welfare state) visando à ação efetiva dos governos nas questões sociais (educação, saúde, moradia, emprego) e nas questões da macroeconomia (através do relacionismo, ou seja, a regulação econômica, partindo do intervencionismo estatal).

Além de garantir o capitalismo nessa região da Europa, o plano garantiu também a continuidade do crescimento e da produção estadunidense, já que esse país se configura como a maior economia industrial do planeta, e uma relativa dependência econômica da Europa Ocidental em relação aos EUA.

O Plano Marshall facilitou a integração econômica da Europa. Foram criadas várias instituições, sobretudo a CEE (Comunidade Econômica Europeia), formada inicialmente pela Alemanha Ocidental, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, França e Itália.

Nos anos 60, a Europa Ocidental dava sinais evidentes de recuperação econômica. Cresceu o estoque de ouro, a balança comercial tornou-se favorável, aumentaram a renda per capita e os investimentos industriais e agrícolas.

A taxa de crescimento de certas indústrias leves e de alguns países, como a Alemanha, superou mesmo a da URSS, permanecendo, entretanto, enormes disparidades regionais.

O desemprego continuou sendo um problema social grave, mas foi diminuído com a expansão industrial; ampliou-se enormemente a importância do setor terciário; somente a classe média (comerciantes e pequenos agricultores) demonstrava insegurança.

Ao prestígio das democracias socialistas do pós-guerra sucedeu-se um movimento conservador na Europa Ocidental, sustentado pelas classes médias.

Por: Wilson Teixeira Moutinho

Veja também: