Sociologia

A Participação da Mulher no Mercado de Trabalho

A conquista de equidade de gênero é uma luta constante e a inserção de mulheres no mercado de trabalho, por mais que apresentado em números incrivelmente maiores, ainda é um desafio.

Mesmo diantes da existência a qual elas não eram remuneradas nem dentro ou fora de suas casas, detalhes precisam ser levados em conta.

A necessidade industrial da mulher no mercado de trabalho

Após milênios restritas aos afazeres domésticos e cuidados familiares, a Revolução Industrial começou a criar oportunidades para esta mudança.

Por mais que muito injustas devido à baixa remuneração diante dos homens, proporcionou à muito custo a mudança na vida de muitas mulheres.

O empenho feminino neste período até a Segunda Guerra Mundial foi importantíssimo, isto pois durante a batalha elas ocuparam os cargos dos homens nos Estados Unidos e também Europa.

Rosie, a Rebitadeira

Talvez um dos cartazes mais famosos do mundo criado por J. Howard Miller em 1942, há quem diga que seu patrocínio tenha sido fruto do planejamento à Guerra.

Mulher demonstrando força e coragem com palavras e gestos
Rosie, a Rebitadeira

“Nós podemos fazer isso!” é o que exclama a Rosie para toda a população norte americana com dois (objetivos) efeitos notados:

  • Incentivar as mulheres a assumir postos de trabalhos masculinos em fábricas
  • Convencer homens a permitirem que suas mulheres trabalhem fora de casa

A força deste cartaz teve fundamentos além do investimento, afinal, a inspiração para a personagem foi Naomi Parker Fraley, uma real operária da época.

Além disso, o nome da obra remete a uma música da época que saudava o trabalho incansável das mulheres em fábricas de armamentos.

Toda esta base e também os acontecimentos durante a guerra levaram esta obra se tornar o símbolo do movimento feminista na luta pela equidade de direitos.

A participação da mulher no mercado de trabalho no Brasil

No país, em 1970 ainda a maioria das mulheres se dedicavam exclusivamente ao trabalho doméstico enquanto outras abandonavam o mercado para casarem e cuidarem dos filhos.

Porém, ainda no século XX foi possível notarmos uma presença cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho e a maior causa é a urbanização no Brasil.

Outro ponto de grande valia é a fecundidade que comprova em números um menor número de crianças e maior dedicação a estudos e carreira profissional.

Na última pesquisa em 2018 foi analisado que 45,2% dos postos de trabalhos formais eram ocupados por mulheres e 60% por homens.

A diferença ainda é grande, porém, cabe a todos lutarmos para que estes valores se tornem ainda mais iguais, principalmente na remuneração.

A remuneração feminina

Gráfico que demonstra o quão menor é a faixa salarial feminina
Relação entre média salarial e nível de escolaridade (2019).

É curioso como atualmente a maior parte das mulheres possuem grau de escolaridade maior e ainda assim sejam menos remuneradas.

Estes valores aproximam-se em 30% a menos enquanto ambos deveriam realizar as mesmas funções.

Outro ponto a se questionar é referente a postos de chefia em empresas e industrias que ainda são ocupados em grande parte por homens.

Gráfico que demonstra os benefícios masculinos na vida profissional e no lar diante de tarefas caseiras
Taxa de frequência escolar ajustada no ensino médio, por sexo e cor ou raça (%).

Refletindo apenas uma parte da discriminação, este quadro também abrange outro ponto importantíssimo referente ao trabalho dentro de casa.

Além disso, a própria ONU confirmou que o IDH feminino ao redor do mundo é inferior em aproximadamente 8%.

Analisando a política

Não só sobre a mulher no mercado de trabalho, mas também na política, afinal, em 2019 apenas 15% das vagas na Câmara dos Deputados e Senado eram ocupados por mulheres.

Levando em consideração que mais da metade da população brasileira é feminina, esta porcentagem é incrivelmente baixa.

Isto é curioso pois desde 2009 existe uma lei que garanta 30% dos cargos políticos à elas.

O que esperar das vidas que virão?

Direito à maternidade é o ponto a ser discutido aqui, afinal, conciliar a vida profissional é uma das maiores dificuldades.

Muitas empresas já na entrevista buscam compreender com exatidão a capacidade da mulher de abandonar sua criança para dar preferência aos interesses empresariais.

Mesmo que hajam direitos importantes como a licença-maternidade que dura 180 dias, a luta vai muito além.

Sendo desumanamente mais importante a atenção à empresa invés de seus filhos, onde eles ficarão durante o horário de trabalho para não atrapalharem?

Vagas em creches e escolas são disputadas e após os 180 dias é imprescendível que haja alternativas de cuidado às crianças para total atenção profissional.

Por: Alexandre Mendes de Oliveira

Veja também: