Guerras

Guerra de Kosovo

No dia 24 de março de 1999, na antiga Iugoslávia, iniciou-se uma guerra. De um lado, Kosovo, uma das províncias que constituia a Iugoslávia, lutando pela sua independência, e de outro, o presidente iugoslavo, Slobodan Milosevic, que não queria aceitar tal decisão kosovar.

A Iugoslávia apresentava duas regiões autônomas: Kosovo (de maioria albanesa) e Voivodina (de minoria húngara). Montenegro assegurava ao país o acesso ao Mar Adriático. Após o período de envolvimento direto e indireto no conflito da Bósnia, o país atravessou grave crise econômica e social. Além disso, um novo conflito surgiu no país. A região de Kosovo, na qual 90% da população é albanesa, reivindica sua independência política.

Kosovo é uma província que tem uma composição étnica e religiosa diferente da maioria da ex-Iugoslávia, que é sérvia. Os kosovares são de origem albanesa e muçulmana, enquanto os sérvios são cristãos ortodoxos.

As divergências entre o governo central e os habitantes de Kosovo aumentaram em virtude da perda da condição de região autônoma. Formou-se uma guerrilha separatista, o Exército de Libertação do Kosovo (ELK), que esteve em conflito com as forças armadas sérvias. O governo acusou a Albânia de incentivar os rebeldes de Kosovo.

Os conflitos se multiplicaram em Kosovo, com massacres e devastação de áreas urbanas e agrícolas. A OTAN, liderada pelos Estados Unidos, interveio contra a então Iugoslávia, bombardeando várias regiões do país. O governo sérvio, então, recuou na repressão contra os albaneses de Kosovo.

AGuerra do Kosovo OTAN, alegando motivos humanitários e buscando evitar uma limpeza étnica (se refere a expulsão ou eliminação de uma etnia de um determinado território) promovida pelo Milosevic para expulsar os kosovares, de etnia albanesa, e fazer dos sérvios a maioria em Kosovo, interviu na guerra e obrigou Milosevic a aceitar o acordo de Rambouillet, que propôs autonomia administrativa e cultural para a província de Kosovo.

Na atualidade, Kosovo está sendo administrada pela ONU, com a presença de tropas da OTAN e da Rússia, havendo a possibilidade de tomar-se um país independente.

Após a crise em Kosovo, o governo liderado até então por Slobodan Milosevick perde o poder após as eleições, ganhas pela oposição. A pressão popular permite a ascensão da oposição e a democratização do país. Milosevick foi preso, julgado no Tribunal Internacional de Haia por crimes de guerra (envolvimento nos conflitos na Bósnia e Kosovo) e acabou falecendo na prisão, em 2005.

Por: Renan Bardine