História do Brasil

Escravismo Colonial

A implantação da escra­vidão como elemento chave da organização econômica das colônias atendeu as exigências do sistema capitalista nascente e de sua efetivação na periferia do Sistema Colo­nial, ou seja, a escravidão foi fundamental para a realiza­ção da acumulação do capital.

O trabalho compulsório no Brasil abrangeu dois tipos de escravidão: a indígena (o escravismo vermelho) e a negra africana. A primeira, apesar de toda a reação con­trária dos religiosos, foi praticada em determinados perío­dos, até 1759, quando um decreto pombalino aboliu a escravidão indígena. Quanto à escravidão africana, a mão-de-obra negra, além de garantir a instalação de um complexo sistema produtor de açúcar na colônia, era também altamente lucrativa para a burguesia mercantil metropolitana, a partir do tráfico negreiro; existente para abastecer as plantações das ilhas do Atlântico, desde o século XV, portanto, preexistente ao Descobrimento do Brasil.

A economia colonial

Dentro do Antigo Sistema Colonial, o Brasil se orga­nizou como uma colônia de exploração. Assim, a eco­nomia colonial brasileira integrou-se ao sistema capitalista nascente como fornecedora de produtos tropicais, ali­mentos, matérias-primas e metais preciosos; daí a defini­ção de algumas de suas características: complementar, es­pecializada, extrovertida e dependente do mercado ex­terno.

A opção do mercantilismo português pelo estabeleci­mento de uma grande -lavoura de exportação, onde eram obtidos os produtos tropicais em grande escala, como o açúcar, garantiu à metrópole lusa os lucros auferidos com a sua comercialização no mercado europeu e, ao mesmo tempo, a ocupação efetiva de sua possessão americana. Por essa razão, a economia colonial baseou-se na grande lavoura mercantil, monocultora e escravista.

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