História

Revolução dos Cravos

A Revolução dos Cravos, que ocorreu no dia 25 de Abril de 1974 em Portugal, abriu precedente para uma nova proposta de país. Esse fato histórico promoveu o fim do regime ditatorial do Estado Novo Português, que era então liderado por Antônio de Oliveira Salazar e, posteriormente, Marcelo Caetano.

Essa deposição do governo salazarista fez com que se estabelecesse a liberdade democrática, além do ideal de promover transformações e reformas sociais em Portugal.

PORTUGAL ANTES DA REVOLUÇÃO

Em 1926 houve um golpe militar que culminou na eleição do presidente Óscar Carmona, em 1928. Após alguns anos, em 1932, Antonio de Oliveira Salazar assume o cargo de primeiro-ministro das finanças e também como ditador.

Sua inspiração baseou-se no fascismo da Itália. Na Constituição de 1933, após a sua assunção ao cargo de primeiro-ministro, retirou os direitos de reunião, de organização e também de expressão. Fatos que infringiam radicalmente na liberdade dos indivíduos.

Soldados com cravos na ponta das armas.Seus oposicionistas sempre denominaram que Portugal estava sendo governado por uma ditadura. Alguns intelectuais de fora do país também assumiram tal posicionamento, fortalecendo a ideia de violação de direitos humanos.

As eleições que existiam no Estado Novo Português, liderado por Salazar, não eram universais e havia muitas denúncias de fraudes. Por isso, as eleições eram meros métodos de apaziguamento perante a sociedade.

Para controlar a oposição e também as ideias públicas, a polícia do regime ditatorial foi treinada pela Gestapo e CIA. Tudo isso, a fim de inibir a oposição ao regime, para que ele se prolongasse pelo maior tempo possível.

Nas questões econômicas, o regime ditatorial tratou de favorecer os donos de grandes indústrias fortalecendo os monopólios existentes dentro do país. Isso contribuiu ainda mais para uma desigualdade social que viera a ser um dos grandes problemas de Portugal.

Até a década de 1960, o país permaneceu com fraqueza econômica. Isso teve como consequência um amplo e irrestrito processo de emigração. Com a adesão de Portugal ao EFTA (Associação Europeia de Comércio Livre) desenvolvem-se alguns setores da economia, trazendo assim, consequentemente, bons ares para a população.

Na década de 1970, o ditador Marcelo Caetano destitui um alto general do exército António Spínola, além de alguns apoiadores. A sua ideia era retirar do governo aqueles que estavam a fim de atrapalhar o desenvolvimento do Estado Novo.

O alto general pedia um novo governo que não procurasse apenas o viés militar para que as colônias, principalmente, da África fossem libertadas. Na verdade, ele pedia uma modificação drástica da política colonial do seu país. As ações do governo, segundo Spínola, eram muito tenebrosas.

Assim, algumas movimentações e encontros dos que eram opositores as ações do Estado vinham sendo frequentes. Alguns generais do exército eram contra tais ações e começaram a planeja algo que retirasse do governo, Marcelo Caetano.

A REVOLUÇÃO DOS CRAVOS

Dia da Revolução dos CravosAs agitações e movimentações começaram na noite do dia 24 de abril de 1974. Algumas tropas se posicionaram próximo ao palácio do governo para que fosse tomado rapidamente. Isso aconteceu com muito sucesso. Os apoiadores do governo quase não existiram. Nessa tomada de poder, aconteceram apenas quatro mortes e alguns feridos.

Nesse sentido, o general António Spíndola fora nomeado Presidente da República e com isso, posteriormente entrou em vigência o Processo Revolucionário em Curso (PREC). Esse período foi de inúmeras manifestações, nacionalizações e governos provisórios.

Assim, assegurando a estabilidade política, criou-se uma constituição que entrou em vigência em 25 de abril de 1976. Esta constituição teve um caráter democrático e que assegurou eleições legislativas pela primeira vez.

Dessa forma, a Revolução dos Cravos foi um importante acontecimento histórico em Portugal. Pois foi uma transição de modelos de governos totalmente diferentes, em que a população saiu vencedora.

Por: Claudio Armelin Melon