Combustíveis

Propriedades dos Combustíveis

Confira as 5 propriedades dos combustíveis.

– Volatibilidade

Pode ser definida como a porcentagem de um combustível a uma data temperatura, quando a pressão atuante for de uma atmosfera.

Um combustível é tanto mais volátil quanto:

  • menor for a pressão interna
  • maior for a temperatura externa
  • Para um bom funcionamento de um motor, a volabilidade de um combustível não deve ser nem muito elevada e nem muito baixa.

Se for muito elevada:

  1. haverá perdas no reservatório do carburador pelo tubo de equilíbrio
  2. formarão bolhas de vapor no circuito de alimentação, principalmente durante o verão
  3. formarão gelo no carburador durante o inverno, impedindo o funcionamento do motor

Se for muito baixa teremos:

  1. dificuldade na partida do motor
  2. alimentação não uniforme nos cilindros
  3. diminuição da aceleração
  4. maior tempo para que o motor atinja a temperatura ideal de funcionamento
  5. diluição do óleo lubrificante, porque os combustíveis menos voláteis não são capazes de serem queimados na combustão
  6. maior formação de carvão nas câmaras de combustão e no céu do pistão

– Poder Calorífico

Defina-se como a quantidade de energia interna contida no combustível, sendo que quanto mais alto for o poder calorífico, maior será energia contida.

Um combustível é constituído sobretudo de hidrogênio e carbono, tento o hidrogênio o poder calorífico de 28700Kcal/kg enquanto que o carbono é de 8140Kcal/kg, por isso, quanto mais rico em hidrogênio for o combustível maior será o seu poder calorífico.

Há dois tipos de poder calorífico:

  • poder calorífico superior
  • poder calorífico inferior

Poder Calorífico Superior

É a quantidade de calor produzido por 1kg de combustível, quando este entra em combustão, em excesso de ar, e os gases da descarga são resfriados de modo que o vapor de água neles seja condensado.

Poder Calorífico Inferior

É a quantidade de calor que pode produzir 1kg de combustível, quando este entra em combustão com excesso de ar e gases de descarga são resfriados até o ponto de ebulição da água, evitando assim que a água contida na combustão seja condensada.

Como a temperatura dos gases de combustão é muito elevada nos motores endotérmicos, a água contida neles se encontra sempre no estado de vapor, portanto, o que deve ser considerado é o poder calorífico inferior e não o superior.

Fórmulas para determinar o poder calorifico inferior.

Para a gasolina:                           Para o benzol:
PCI = PCS – 780 Kcal/Kg              PCI = PCS – 415

Para álcool etílico:                        Para o óleo diesel:
PCI = PCS – 700                             PCI =PCS – 730

Para álcool  metílico:
PCI = PCS – 675

  PCI = PODER CALORIFICO INFERIOR
  PCS = PODER CALORIFICO SUPERIOR

 – Calor Latente:

A demora ou rapidez com o qual os corpos se fundem ou liquefazem, tem sua explicação no calor latente, que e a quantidade de calor absorvido pelos corpos na sua mudança de estado, sem que haja aumento aparentemente de temperatura.

O calor latente necessário à fusão ou liquefação varia com sua natureza. Na passagem do estado líquido ao gasoso, o líquido não muda de temperatura enquanto dura sua transformação, e todo calor empregado é absorvido para produzir mudança de estado.

– Peso Específico

É a relação entre o peso de uma substância e o de um volume igual de água destilada, a uma temperatura de 4ºC. É o peso de uma substância por unidade de volume, densidade.

Comercialmente, é usado para diferenciar os diversos tipos de combustíveis e permite calcular ainda o volume, peso e consequentemente, a tonalidade térmica que é expressa em kilocalorias por litro de mistura (cal/L).

Para o peso específico dos carburantes, os limites máximos geralmente admitidos são 0,705 a 0,770kg/dm3. O peso específico da gasolina oscila entre 0,840 e 0,890kg/dm3.

– Viscosidade

A viscosidade se explica pela força de coesão das moléculas do fluido. Ao se tentar deslocar uma camada de água sobre outra, por exemplo, é necessário vencer a força de resistência provocada pela atração entre as moléculas das duas camadas. Para os óleos lubrificantes há uma escala arbitrária estabelecida pela Society of Automotive Engineers, os graus SAE, que são expressos por dezenas inteiras, sendo o óleo mais fino ou menos viscoso de grau igual a 10.

Autoria: Simone Teles Rocha Mello