Educação Física

A Formação em Educação Física

Informações sobre o Currículo de Graduação

O Curso de Licenciatura em Educação Física já conviveu com dois currículos vigorando simultaneamente. A reformulação curricular exigida pela Resolução do Conselho Federal de Educação N° 03 de 16.06.87, publicada no DOU de 10.09.87, caracteriza-se pela divisão do conteúdo curricular em áreas de conhecimento, ou seja, Formação Humanística e Formação Técnica (vide Quadro 01). A Formação Humanística é composta pelas seguintes áreas de conhecimento: Filosófica, Ser Humano e Sociedade. Estas Formações estão integradas em dois aspectos, o Geral (considerado básico) e o Complementar (constituído pelo aprofundamento de conhecimentos nas áreas).

O atual acompanhamento curricular foi implantado graças à avaliação externa constituída por professores de outras Instituições de Ensino Superior (IES), ocorrida no segundo semestre de 1993. Dentre os tópicos avaliados evidenciou-se a necessidade de uma revisão para corrigir distorções quanto a estrutura e funcionalidade da grade curricular.

Quadro 1: Estrutura básica do currículo

Formação Humanística

Conhecimento Filosófico: Compreende-se como conhecimento filosófico, o resultado da reflexão sobre a realidade; seja no nível da práxis ( a própria existência cotidiana do professor e do bacharel em Educação Física relacionada com eventos históricos, sociais, políticos econômicos); seja no nível de teoria (representação rigorosa através das ciências dessa mesma práxis). O conhecimento filosófico deve consistir na articulação da práxis pedagógica com teorias sobre o homem, a sociedade e a técnica.

Conhecimento do Ser Humano:  Entende-se como conjunto de conhecimentos sobre o ser humano, durante todo o seu ciclo vital, no que concerne aos seus aspectos biológicos e psicológicos, bem como sua interação com o meio ambiente em face da presença ou ausência das atividades da Educação Física.

Conhecimento da Sociedade: Entende-se como a compreensão da natureza social das instituições, sistemas e processos com vistas a uma efetiva contribuição da Educação Física para o pleno desenvolvimento do indivíduo e da sociedade em mudança, considerando-se especificamente a realidade brasileira.

Formação Técnica

Entende-se como conjunto de conhecimentos e competências para planejar, executar, orientar e avaliar atividades de Educação Física e Desportos, tanto no âmbito não escolar, em procedimentos formais e não formais, contribuindo e facultando a geração e a transformação do próprio conhecimento técnico.

A Educação Física (EF), enquanto componente curricular, carece de melhor reconhecimento social. Tanto a vertente da aptidão física praticada há tempos quanto à das práticas esportivas privilegiadas atualmente demonstram pouco valor resolutivo. Outras abordagens devem ser propostas, como, por exemplo, a educação para a saúde. Desta forma, discutem-se as possíveis relações existentes entre a atividade física (AF) e a saúde, incluindo-se combate ao sedentarismo, assumido como importante fator de risco da doença coronária, a partir de crianças em idade escolar. Discutiu-se, também, o conteúdo e procedimentos metodológicos da atividade física relacionada à saúde, durante as aulas de EF, além de procedimentos que favoreçam a adoção de estilo de vida saudável, com aderência na fase adulta.

Os estudantes de Educação Física Estarão aptos, ao término do curso, a atuar como professores de Educação Física desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, passando pelos Ensinos Fundamental e Médio, ensino regular ou especial. Esta aptidão se dará também na Educação Física não escolar. Trata-se da recreação e esportes em academias, clubes, hotéis, centros comunitários, condomínios, associações recreativas, empresas e outros  onde o profissional demonstrará habilidade ao lidar com clientela diversificada, quer sejam crianças, jovens, adultos, idosos, gestantes, sedentários, portadores de deficiências, etc.

Nos cursos que preparam pessoas para dar aula propõe-se a formação de educadores para o campo da Educação Física Escolar e Não Escolar, priorizando-se a escola pública brasileira do Ensino Fundamental, Médio e Superior. Tal priorização auxiliará o licenciado no exercício permanente e significativo do conhecimento da realidade educacional, apoiado na realidade social concreta a fim de criar e recriar referências teórico-práticas sobre o corpo, o movimento, o jogo, o esporte e sua pedagogia, possibilitando-lhe a formação de um pensamento ético, participativo, comunitário e reflexivo.

A Educação Física nos tempos antigos:

No final do Império e no início da República  a Educação Física tinha como proposta, dentro de sua especialização,  incrementar o desenvolvimento da humanidade .Da mesma forma, sintetizam-se as expectativas atuais sobre o desempenho considerado ideal para essa área, na construção de uma sociedade melhor.

Nos discursos mais progressistas da época, a Educação Física tinha um papel fundamental para a construção de uma (nova) corporeidade do homem brasileiro. Sair do regime escravagista e entrar na forma de governo republicano-democrático exigia uma outra configuração de homem bem afastada da debilitada figura do escravo ou do lerdo senhor de terras. A economia nacional, para desenvolver-se, precisava de homens despachados, expeditos, fortes, ativos e a Educação Física tornava-se indispensável nesse processo de transformação.

No campo das diversas ciências, a Educação Física encaixava-se na categoria daquelas que cuidavam da vida, ou seja, enquadrava-se no interior de conhecimentos que tentavam absorver, com avidez, descobertas feitas pela biologia, fisiologia, medicina. Assumia e divulgava, por exemplo, conhecimentos sobre hormônios, vitaminas, alimentação, entre outras alternativas para defesa da saúde.

Como a Educação Física era para as pessoas da época:

O desenvolvimento econômico generalizado era uma promessa considerada viável e a ela juntava-se a Educação Física tentando produzir, com o seu saber e sua prática, um homem cada vez mais sadio, mais apto para o trabalho, visto ideologicamente, como fonte efetiva de enriquecimento.

A Educação Física como um instrumento indispensável ao progresso do Brasil tinha, na linguagem do momento, entre outras, algumas competências definidas assim:

1) impedir o abastardamento da raça;

2) impedir o crescimento de óbitos;

3) encaminhar o desenvolvimento da criança na perspectiva de um adulto padrão ou de condições de saúde mais perfeitas;

4) auxiliar na formação de corpos robustos e fortes;

5) divulgar conhecimentos que produzissem mudanças de hábitos tidos como prejudiciais à vida do homem.

Notas finais:

O último item perguntava se era possível viver do esporte. Hoje em dia, nada é fácil, pelo contrário, é tudo bastante complicado e difícil. Com isso, aumenta a necessidade das pessoas de buscarem meios em que se obtenha dinheiro de forma mais fácil (atravéz do talento) e o esporte é um desses meios, e se a pessoa obtiver destaque em tal modalidade, ela poderá dali tirar sustento para ela, e/ou até mais, quem sabe para toda sua família.

Mas nem tudo dura para sempre, com o passar do tempo, a pessoa que por meio do esporte, conseguiu o pão de cada dia, vai ainda que infelizmente, perder a sua juventude, ou quem sabe uma outra pessoa venha a superar-la. Enfim, o que quero dizer, é que nem tudo dura para sempre da forma mais agradável, assim como as ruins também, então de certa forma é possível sim, tirar o sustento do esporte.

Várias pessoas ao longo de suas vidas, montaram projetos e estruturas em que ajudavam o próximo, e já pensavam no futuro (tirar dali o futuro sustento), e assim tinham o pão de cada dia garantido nos anos posteriores, mas quem não fez isso, ou tentou e não obteve êxito, provavelmente sofreu no seu futuro não muito distante, o que prova que além de depender do meio ao qual é explorado, depende muito também, da própria pessoa.

Por: Thomaz Rocha Matera

Bibliografia:

http://www.editorafontoura.com.br/artigos/saudeEEE.htm
http://www.def.uem.br/revista_08/pont_01.htm
http://www.unb.br/fef/perfil_curso_grad.htm

Veja também: