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Malásia

A Malásia é um país do Sudeste Asiático com uma particularidade interessante: o país divide-se “ao meio”. Praticamente metade de seu território encontra-se na Península da Malásia, no continente. A outra metade está ao norte da Ilha de Bornéu, cuja extensão compartilha com dois outros países, Brunei e Indonésia.

A maior parte do país, assim como o maior potencial industrial e tecnológico, fica na parte continental. Planícies baixas e pantanosas cobrem a maior parte da costa do país. As áreas do interior são montanhosas e cobertas de florestas. Kuala Lumpur é a capital e a maior cidade do país.

Dados gerais

  • Nome oficial: Federação da Malásia (Persekutuan Tanah Malaysia).
  • Capital: Kuala Lumpur.
  • Localização: sudeste da Ásia.
  • Nacionalidade: malaia ou malásia.
  • Área: 329.847 km2.
  • População: 32,37 milhões (2020).
  • Língua oficial: malaio.
  • Composição étnica: malaios, chineses e indianos.
  • Religião: maioria islâmica.
  • Moeda: ringgit malaio.
  • Sistema de governo: monarquia parlamentarista.
Mapa da Malásia
A Malásia ocupa a parte sul da península Malaia (Malásia ocidental – continental) e a maior parte do norte da ilha de Bornéu (Malásia oriental – insular).

População

A Malásia é um país de contrastes. A população possui imigrantes e grupos étnicos variados e apesar da economia vibrante das principais cidades. Os habitantes são, em sua maioria, malaios ou chineses. As diferenças culturais entre os dois grupos étnicos causaram problemas políticos e sociais no país.

A maioria da população vive na Malásia ocidental, separada da Malásia oriental por cerca de 644 km do Mar da China Meridional.

Mais de metade dos malaios são islâmicos, uma religião assumida inclusive pelo Estado local. Apesar disso, há muitos imigrantes chineses e indianos.

Economia da Malásia

A economia malaia sofreu um rápido processo de industrialização a partir dos anos 1990. Com o avanço das indústrias, da tecnologia e dos recursos financeiros, o país ganhou posição entre os chamados Tigres Asiáticos.

Indústrias como a automotiva e petroquímica ganharam destaque no país. A posição privilegiada no Estreito de Malacca garantiu aos malaios facilidade na exportação e embarque de produtos ao exterior. Contudo, o país não deixou de lado a indústria extrativa e segue um importante exportador de petróleo.

A Malásia é o principal exportador mundial de madeiras tropicais, com demanda crescente nos países industrializados, principalmente o Japão. A densas florestas ainda propiciam uma forte produção de látex e, consequentemente, de borracha e derivados. Além disso, o país possui razoáveis reservas de petróleo, gás natural, estanho e outros minérios de valor.

A capital Kuala Lumpur tornou-se rapidamente uma cidade moderna e rica, possuindo por algum tempo, inclusive, o mais alto arranha-céu do mundo: os dois edifícios gêmeos das Petronas Towers, com 452 metros de altura, foram os mais altos do mundo entre 1998 e 2003, sendo superados pelo Taipei 101 nesse ano.

Principais itens da economia malaia:

  • Agricultura: arroz, seringueira (borracha), azeite-de-dendê, coco, madeira.
  • Indústria: componentes eletrônicos, derivados da borracha, produtos petroquímicos.
  • Mineração: estanho, bauxita, minério de ferro, petróleo, gás natural.
  • Exportação: componentes eletrônicos, borracha, petróleo e derivados.

História da Malásia

De acordo com registros, o nome Malásia teria sua origem para designar a “Terra dos Malayu”, em referência ao reino que ocupava a região por volta dos séculos XI e XII. Budista, esse antigo império eventualmente cederia lugar ao Sultanato de Malacca, por volta do ano 1400. O islamismo permaneceria como a religião dominante na região até os dias atuais, mas a chegada dos navegadores europeus mudaria a história de todo Sudeste Asiático, incluindo a Malásia.

Em 1511, portugueses aportaram nas terras do sultanato e dominaram boa parte da região. As colônias portuguesas, esparsas e com pouca ocupação por parte da metrópole, cairiam nas mãos dos holandeses no ano de 1641. Britânicos chegariam “discretamente” à região em 1786. Primeiramente, ingleses ocuparam a ilha de Penang, para posteriormente, em 1819, obter o controle sobre a cidade de Cingapura. Em 1824, no Tratado de Londres, holandeses cederiam aos ingleses o controle sobre toda a região do antigo Sultanato de Malacca.

Os britânicos estenderiam seu território até algo próximo da atual Malásia, eventualmente anexando terras dos sultanatos de Brunei e Sulu, ambos na Ilha de Bornéu. Na porção continental da Malásia, diversos estados locais aceitaram o domínio britânico entre os séculos XIX e XX. Os ingleses eram tão presentes na região que alguns dos administradores criaram pequenos reinos locais – como o caso de James Brooke, que em 1841 criou o Reino de Sarawak, proclamando-se o primeiro “Rajá Branco”.

Durante a Segunda Guerra Mundial, quase todos os territórios da atual Malásia foram dominados pelos japoneses por três longos anos, voltando ao domínio britânico após a vitória dos aliados.

A Malásia apenas ganharia sua independência em 1957, embora a formação do território atual, com a união das regiões insulares e continentais, ocorreria apenas em 1963. O país não recebeu resistência dos britânicos em sua independência, porém enfrentou um conflito armado com indonésios entre 1963 e 1966 – que teve fim com a morte do ditador indonésio Sukarno, abrindo espaço para formação da atual Malásia.

Por: Carlos Artur Matos

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