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Órbitas dos planetas

O sistema solar apresenta uma notável regularidade com referência às órbitas descritas, não só pelos planetas, como também pela maioria de seus satélites. Os planetas, exceto Urano, executam, no mesmo sentido, rotações em torno de um eixo.

As revoluções ao redor do Sol realizam-se, sem exceção, no mesmo sentido. A excentricidade e a inclinação das órbitas planetárias são pequenas, salvo as de Plutão. Por isto, as órbitas tornam-se quase circulares, e os seus planos quase se confundem com o da eclíptica, o plano da órbita terrestre, pois aquelas inclinações só ultrapassam 8° para Plutão.

Mercúrio e Vênus, cujas órbitas são interiores à órbita terrestre, denominam-se planetas interiores. Do mesmo modo, os planetas restantes, cujas órbitas envolvem a órbita da Terra, chamam-se planetas exteriores.

Órbitas dos planetas do Sistema Solar

Denomina-se elongação de um planeta o ângulo formado pelas direções do Sol e do planeta considerado, tomando-se por vértice o centro da Terra. Ângulo de fase é aquele formado pelas direções planeta-Sol e planeta-Terra, com vértice no centro do planeta.

Para os planetas interiores o ângulo de elongação está sempre compreendido entre os certo limites que, para Vênus, atinge no máximo 47°, e para Mercúrio, apenas 28°. Os planetas exteriores, entretanto, têm elongações que variam de 0° a 180°. Diz-se que um planeta está em conjunção quando o ângulo de elongação é igual a 0° e que está em oposição, quando esse ângulo é de 180°.

Com referência ao aspecto que apresentam ao telescópio, quando observados da Terra, os planetas interiores diferenciam-se ainda dos exteriores, por apresentarem todas as fases possíveis, pois seus ângulos de fase podem variar de 0° a 180°. Já os planetas exteriores apresentam apenas fases medíocres, pois somente Marte pode ser visto com o aspecto giboso, da Lua quase cheia.

O período orbital de um planeta, ou seja, o tempo para que, visto do Sol, ele ocupe a mesma posição em sua órbita, denomina-se revolução sideral P. O intervalo de tempo entre duas conjunções consecutivas idênticas chama-se revolução sinódica S. As revoluções sinódicas dos planetas não se apresentam constantes, pois as órbitas são elípticas, porém diferem muito pouco do valor médio de um grande número de revoluções sinódicas. Denominando-se T o período orbital da Terra, ou a sua revolução sideral (aprox. 365,25 dias), podem-se escrever as duas expressões abaixo:

orbitas1
para os planetas interiores

orbitas2para os planetas exteriores

O que permite, facilmente, calcular os instantes das conjunções e oposições, conhecidos os períodos siderais.

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