Geografia

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

O IDH (índice de desenvolvimento humano) é usado pela ONU para classificar os países pelo grau de desenvolvimento humano.

O índice é composto com base nos dados de expectativa de vida ao nascer, grau de escolaridade, ganhos totais de cada país representados pelo PIB (produto interno bruto) e capacidade de consumo medida por meio do PPC (paridade do poder de compra) per capita.

É utilizado também para a medição regional em âmbito de estados, municípios e pequenas localidades.

O IDH surgiu com o Pnud e o RDH (Relatório de Desenvolvimento Humano), criado pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq, em 1990, e foi desenvolvido para evitar a análise puramente econômica do grau de desenvolvimento, isto é, avaliar o desenvolvimento não só pelos avanços econômicos, mas também pelas melhorias no bem-estar humano.

Atualmente, o IDH pode ser classificado como:

  • muito elevado
  • elevado
  • médio
  • baixo

Na relação de países observados pela ONU, os de IDH muito elevado são predominantemente ricos, com um índice acima de 0,800. Mas, nesse seleto grupo, observa-se a presença de alguns países em vias de desenvolvimento, como Chile, Argentina e Barbados.

Já no grupo dos países de IDH elevado, os índices estão acima de 0,712 e são nações caracterizadas por economia emergente e grande discrepância social. É nesse grupo que está o Brasil, com um índice de 0,730.

O terceiro grupo são os de IDH médio, com índices entre 0,535 e 0,710, sendo países predominantemente africanos, latino-americanos e asiáticos.

O último grupo, que é o de IDH baixo, com índices entre 0,304 e 0,534, é quase exclusivamente africano, embora tenha a presença de países como Afeganistão (0,374) e Haiti (0,456).

Índice de Pobreza Multidimensional (IPM)

A análise do IDH fornece um quadro bastante complexo das condições de vida da população. No entanto, a partir de 2010, o Pnud usa outro indicador para medir diretamente o grau de pobreza dentro de cada país: o IPM (índice de pobreza multidimensional).

Esse indicador identifica privações nas mesmas três dimensões que compõem o IDH (nível da saúde, educação e padrões de vida), no entanto, mostra o número de pessoas que são pobres (que sofrem um dado número de privações) e o número de privações com as quais as famílias pobres normalmente se deparam.

Cerca de 1,57 bilhão de pessoas — mais de 30% da população — dos 104 países cobertos pelo IPM, em 2013, vivem em estado de pobreza multidimensional, ou seja, com pelo menos um terço dos indicadores a refletir privação grave na saúde, na educação ou no padrão de vida.

Isso excede a estimativa de 1,14 bilhão de pessoas desses países, que vivem com um máximo de US$ 1,25 por dia. Os padrões da privação também diferem dos da pobreza de rendimento em aspectos importantes.

Esse padrão é válido para os quatro agrupamentos do IDH, embora a diferença seja maior nos países com IDH baixo do que nos que apresentam IDH médio ou elevado.

IPM (índice de pobreza multidimensional).

Referência:

Pnud. Relatório de Desenvolvimento Humano 2010. Nova York: Pnud, 2010.

Por: Wilson Teixeira Moutinho

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