História do Brasil

O Cangaço

No início do século XX no Brasil surgiram no nordeste brasileiro grupos armados conhecidos como Cangaceiros. Estes grupos surgiram, principalmente, em função das péssimas condições de vida do nordeste brasileiro, que tinha a maioria de suas terras nas mãos dos fazendeiros e deixava as margens a grande maioria da população. Dessa maneira, consideramos o Cangaço como um movimento social.

Os Cangaceiros

Os Cangaceiros sempre andavam em bando e armados, espalhando o medo pelo sertão nordestino.

Não tinham residência fixa, pelo contrário, eram nômades. O grande motivo é que eram perseguidos com frequência pelos policiais, afinal não seguiam as leis estabelecidas pelo governo, por isso viviam em movimento, indo de uma cidade para outra.

CangaçeirosAo chegarem pediam ajuda a população local. Aqueles que respeitavam as ordens dos grupos não sofriam nenhum abuso pelo contrário, eram muitas vezes ajudados. E por essa ajuda conquistaram, muitas vezes, o respeito e a admiração de grande parte da população da época.

Já quem recusava a ajuda eram vítimas de violência. Promoviam saques a fazendas, comboios e chegavam a sequestrar fazendeiros para obtenção de resgate.

Usavam roupas e chapéus de couro para protegerem o corpo, durante as fugas, das vegetações cheias de espinhos da caatinga. Além das vestimentas, tiravam como vantagem os conhecimentos que possuíam sobre o território nordestino como: onde obteriam água, ervas, tipos de solo e vegetação. E esse conhecimento era de grande importância para suas fugas, descanso, esconderijo e etc.

O Rei do Cangaço

No nordeste brasileiro existiram diversos bandos de cangaceiros. Certamente o mais famoso, e temido, da época foi o comandado por Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. O “Rei do Cangaço”, como também era conhecido Lampião, atuou pelo sertão nordestino durante as décadas de 1920 e 1930.

Teve seu fim a partir da decisão do então Presidente Getúlio Vargas de eliminar todo, e qualquer, foco de desordem sobre o território nacional. O Regime de Getúlio incluiu Lampião e seus cangaceiros na lista de maiores extremistas, e a sentença era matar todo cangaceiro que não se rendesse.

Acabou falecendo junto com sua mulher Maria Bonita, e outros amigos cangaceiros, em uma emboscada criada pelas autoridades, acontecida em 29 de julho de 1938, no estado de Sergipe. Nesta, tiveram suas cabeças decepadas e expostas em local público, com a finalidade de assustar, desestimular, e desencorajar esta prática na região.

Depois do fim de Lampião outros grupos de cangaceiros, já enfraquecidos, foram se desarticulando até terminarem de vez.

Por: Pedro Augusto Rezende Rodrigues

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