História do Brasil

Governo Afonso Pena

Afonso Pena foi o quarto Presidente Civil, e o primeiro Mineiro, a exercer o mandato de Presidente em 1906, que deu continuidade à hegemonia das oligarquias no Brasil.

Sua carreira política é extensa, foi advogado por alguns anos, depois Deputado, Presidente Estadual, Senador e Vice-Presidente da República. Chegou ao poder com o discurso de atender os anseios de todas as classes sociais, mas o que podemos perceber é que seu governo esteve profundamente ligado aos interesses dos cafeicultores.

O Governo de Afonso Pena

Sua política econômica estava diretamente ligada a controlar a superprodução cafeeira que afetava o Brasil, adotando medidas severas que retiravam milhares de sacas de café do mercado, a espera de uma valorização do produto. Este ato é a ideia central do “Convênio de Taubaté” e que foi cumprido por Afonso Pena, afinal a economia brasileira era completamente dependente do café.

Outra política elaborada por ele foi à criação da “Caixa de Conversão” que recebia toda moeda estrangeira que era trocada por bilhetes conversíveis mantidos a um baixo câmbio. Isso favorecia de certa forma o setor cafeeiro, pois possibilitava a percepção de um maior volume de dinheiro brasileiro.

Foi responsável pela entrada da mão-de-obra imigrante no país, especialmente Italianos, que seriam responsáveis por engrossar os trabalhos nas fazendas de café. Mas com eles chegaram também os ideais Anarquistas influenciando muitos trabalhadores a se organizar e fazerem as primeiras greves da história Brasileira.

Já no setor industrial alguns tímidos investimentos podem ser encontrados. Houve um aumento nas taxas alfandegárias, o que prejudicava a importação e favorecia o produto nacional, aumentando o consumo e também a produção.

Afonso Pena teve uma preocupação, também, em agradar os militares. Eles haviam estabelecido o Regime Republicano no país, e não poderiam ser desmerecidos. Dessa maneira investiu para que novos armamentos fossem comprados e tornou o serviço militar obrigatório.

Preocupado em veicular uma imagem positiva do Brasil, elaborou uma exposição nacional que teve como base o centenário da “abertura dos portos brasileiros para as nações amigas” (1808-1908). No ano seguinte, 1809, tentou incluir o nome que possivelmente o sucederia na Presidência, mas seus planos foram frustrados por conta de dificuldades em chegarem a um nome consensual.

Fim do Governo:

Afonso Pena acabou falecendo restando um ano para que seu mandato fosse cumprido. Seu Vice-Presidente, Nilo Peçanha, assumiu o governo provisoriamente. Enquanto isso, a oligarquia mineira e paulista vivia um impasse marcado por um complicado processo eleitoral, onde de um lado estava o candidato Rui Barbosa e do outro o militar Hermes da Fonseca. Este último acabou vencendo as eleições, se tornando Presidente do Brasil.

Por: Pedro Augusto Rezende Rodrigues