História

Doutrina Monroe

O século XIX foi um período bastante conturbado em nossa história. A Doutrina Monroe, liderada pelos Estados Unidos da América que tinha como lema “A América para os Americanos” trouxe certa agitação política para o continente. Na verdade, o que ela promoveu foi apenas uma mudança de dependência dos países do continente americano, que antes tinha como sua metrópole oficial os países europeus e agora, tinham como referência, os Estados Unidos.

O século XIX trouxe para a América uma série de agitações que mudaram totalmente os rumos da vida política e econômica do continente. Como se sabe, até então, os países, tanto da América do Sul como da América Central, sempre foram do século XVI até o século XIX, colônias de exploração de países europeus.

Todas as suas riquezas minerais e vegetais foram realmente exterminadas pela comunidade europeia. No entanto, os países americanos, sentiram certo apoio na sua luta pela liberdade. Porém os Estados Unidos contribuíram muito para esse processo, no entanto, a sua ideia não era buscar uma América livre, sua visão era buscar uma América dos Estados Unidos, ou seja, um continente onde a sua opinião e ideologia tivessem uma influência forte.

A Doutrina Monroe

Após a independência dos Estados Unidos, George Washington (1789-1797) assumiu o controle do país, que estava vivendo um processo republicano. A sua ideia, nesse primeiro momento, era tornar-se diferente dos países europeus e consequentemente fazer uma política de isolamento, onde não tentava não recorrer ao velho continente.

No entanto, com o passar dos anos, os países americanos foram, um a um, tornando-se libertos. Consequentemente, os EUA fizeram questão de reconhecer cada país liberto. A fim de livrar o continente das ações econômicas europeias.

Segundo a Doutrina Monroe, liderada pelo presidente de então James Monroe (1817-1825), “os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência europeia.”

Nesses dizeres fica claro o pedido de distanciamento do velho mundo do continente Americano. Na verdade, o que o presidente dos Estados Unidos propunha era o distanciamento real desses países e aproximação profunda do seu país em todo o continente. Tudo em virtude do seu poderia econômico.

Charge que mostra Monroe sobre o mapa da América.Além disso, que foi descrito acima, o texto dizia que os EUA não podiam participar de nenhuma mediação de conflito no velho continente, assim como, os europeus não podiam intervir por aqui.

Os seus interesses na região eram claramente perceptíveis. No entanto, com esse caráter de mascaramento, as suas garras foram chegando cada vez mais por aqui. Vale lembrar que as suas influências chegaram profundamente na América Central.

A sua hegemonia na região foi sendo consolidada ano após ano. Os acordos políticos foram enormemente vantajosos apenas para os Estados Unidos. A sua zona de influência aumentou substancialmente e assim o país foi sendo desenvolvido. Com isso, todas as suas riquezas foram sendo tiradas daqui.

Esse foi o início da política expansionista dos Estados Unidos. Lembre-se sempre que o militarismo é um braço muito utilizado pelo viés econômico do país. Muitas guerras foram tramadas para defender interesses dos empresários norte-americanos que buscam apenas mercado consumidor.

A ânsia de poder, pelos EUA, ainda é muito vista. Várias guerras foram e são promovidas no intuito desse país viabilizar ainda mais o seu poderio econômico em terras que ainda não são exploradas por eles.

Por isso, para estudarmos a história dos Estados Unidos precisamos um pouco de cautela e uma visão ampla para não cairmos na inocência e determinismos. Isso faz com que a história se torne mais louvável e interpretativa.

Por: Claudio Armelin Melon

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