História

Legado Cultural da Mesopotâmia

A escrita mesopotâmica era gravada em tabletes de argila com um estilete, sendo denominada cuneiforme. Em geral, eram sinais que representavam uma ideia, a partir da qual o leitor chegava ao objeto representado. As lendas do herói Gilgamesh, que depois passaram à Bíblia, e as ordens, relatórios, inquéritos e leis arquivadas na “Biblioteca de Assurbanipal” são algumas das obras representativas dessa escrita.

As leis do patesi Dungi foram, provavelmente, codificadas pelo rei babilônico Hamurabi; por isso nos referimos ao código mesopotâmico pelo seu nome. A descoberta foi feita em 1901, por Morgan, nas ruínas de Susa, capital do Império Persa. O Código de Hamurabi preocupava-se, principalmente, com o casamento e a distinção entre os diversos testamentos e as penas a eles impostas.

O estudo e a tradução dos caracteres cuneiformes foram feitos pelo inglês Henry Rawlinson e pelo epigrafista alemão Georg Grotefend, a partir das pesquisas da escrita persa, que se inspirou na mesopotâmica.

O desenvolvimento científico verificou-se com o aperfeiçoamento das operações matemáticas, além do início da Geometria Aplicada. Estudos de Astronomia, mapas estelares, divisão de ângulos, calendários de sete dias, divisão da circunferência em graus foram outras iniciativas dos sacerdotes, que praticamente monopolizavam a cultura da Mesopotâmia.

Desenho de como era o Zigurate de Ur.
O Zigurate (torre-templo de onde os sacerdotes caldeus observavam os astros) da cidade de Ur, reconstruído de acordo com a perspectiva original: Ur, de origem suméria, foi a mais importante das primitivas cidades-Estado da Mesopotâmia — região que se assinalou pelo desenvolvimento de uma intensa vida urbana.

A filosofia não se ocupava com divagações, mas apenas com questões de ordem prática, nas quais se ditavam as normas de como viver em paz consigo mesmo e com os deuses.

As principais manifestações da arquitetura mesopotâmica eram os palácios. Dada a escassez de pedra, as paredes eram feitas de tijolos de barro. O arco e a abóbada foram as soluções arquitetônicas encontradas na construção do zigurate, que servia de templo e de observatório astronômico.

Reconstituição da Porta de Ishtar no Museu de Berlim
Um detalhe da Porta de Ishtar em Babilônia, reconstituída com peças originais existentes no Museu de Berlim. Aqui se combinam a arquitetura monumental e a técnica dos trabalhos em relevo.

A presença do baixo-relevo, notadamente entre os assírios, marcava bem os conceitos e a mentalidade existentes: caçadas, animais feridos e agonizantes, inimigos massacrados e cenas de batalhas foram os temas mais comuns do espírito mesopotâmico.

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