História

Marcha para o Oeste (EUA)

A Marcha para o Oeste foi à incorporação de territórios interioranos pelos colonos pioneiros e desbravadores, que faziam a fronteira mover-se sempre um passo além. Uma série de fatores motivaram e favoreceram esta expansão:

  • A escassez de terras na faixa atlântica;
  • A possibilidade de as famílias de colonos tornarem-se proprietárias, o que também atraiu imigrantes europeus;
  • A necessidade do Norte, em fase de industrialização, de conseguir matérias-primas e alimentos;
  • A corrida do ouro;
  • A conquista de áreas de pastagens para os rebanhos;
  • A construção de ferrovias, que permitia a aplicação lucrativa de capitais e integrava os mercados, assegurando o comércio para a produção agrícola.

Na primeira metade do século XIX, os Estados Unidos adquiriram uma série de regiões importantes, através de compras e atacados. Com essas aquisições, o território norte-americano passou a ter 7.700.000 quilômetros quadrados. A ocupação das novas áreas foi disciplinada pelo governo americano através do Edito do Noroeste (1787), que definia a formação de novos Estados em três etapas:

  • Primeira etapa: a área ficaria sob controle do governo federal, ate que sua população atingisse 5.000 eleitores;
  • Segunda etapa: ao atingir 5.000 eleitores, o território adquiria autogoverno;
  • Terceira etapa: ao atingir 60.000 habitantes, o território era adquirido como Estado da União, com os mesmos direitos dos Estados mais antigos.

Dessa forma o governo visava impedir que as novas áreas fossem dominadas pelos Estados já existentes.

A expansão norte-americana para o oesteMapa que mosta a Marcha para o Oeste

Com a Marcha para o Oeste continuaram as divergências entre o norte e o Sul. O problema maior surgiu com relação ao regime de propriedade e o tipo de mão-de-obra a ser empregado nos novos territórios. O Norte pretendia que se instalassem pequenas propriedades com mão-de-obra livre e assalariada, enquanto o Sul defendia a ampliação dos latifúndios escravistas. Esse antagonismo era determinado não somente por interesse econômico, mas também por interesse político.Temia-se que a inclusão de novos representes no legislativo viesse a romper o equilíbrio, até então existente, entre os Estados abolicionistas e os Estados escravistas.

Para manter a estabilidade, firmou-se em 1820 o Compromisso do Missouri. Esse acordo delimitava, pelo paralelo 36°30’, os territórios escravistas e os territórios livres, regulamentado a criação dos novos membros da União. Porém a solicitação da Califórnia, em 1850, para fazer parte da União como Estados não-escravocrata desencadeou uma grave crise, pois desobedecia ao Compromisso do Missouri. Utah e Novo México também pediam sua anexação à União como Estados neutros, ao mesmo tempo que crescia a campanha abolicionista nos Estados Unidos.

Com essas questões o Compromisso perdeu o sentido e em 1854 o Congresso aprovou a entrada de novos Estados, com o direito de decidirem sobre a escravidão em seus territórios. A tensão entre escravocratas e abolicionistas aumentou, culminando no confronto armado entre Norte e Sul conhecido como Guerra de Secessão.

Por: Paulo Magno da Costa Torres

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