História

Revolução Meiji

Data de 1868 a Revolução Meiji, que pôs fim ao governo Tokugawa. O Japão, então, deixa de ser um Estado feudal e passa a ser um Estado moderno. O que abriu o Japão para o Ocidente.

Revolução Meiji

No final da década de 1860, o Japão entrou em um dos períodos mais tumultuados de sua história. Esse período é conhecido como a Restauração Meiji.

A Restauração Meiji propunha a queda do Shogunato – que mantinha o país em uma forma de governo sob o comando ditatorial e praticamente mergulhado em um sistema feudal – para abertura do Japão para o mundo.

Por incrível que pareça, os militares cederam os seus poderes sem grandes problemas. Porém, com isso, a classe dos samurais, que havia ganhado grandes privilégios e um do status mais invejável dentro da sociedade, perderam tudo o que tinham e muitos se tornaram vagabundos andantes, os chamados Rurouni.

Há 140 anos ocorreu o Kurofuneraikou, quando um capitão chamado Perry chegou da América com a missão de estreitar os laços de amizade entre os dois países. Só que na ocasião estourou a guerra civil – a Bakumatsu – e pôs fim à Era Edo, que já durava desde o ano de 1600.

O impasse surgiu quando a corrente do atual governo, e a Edo Bakufu, não concordava em abrir as portas para negociações com outros países. Muitas províncias também se recusavam a aceitar forasteiros em suas terras. Só que algumas dessas províncias decidiram agir por conta própria, como a Choushuuhan que ficava em Kyoto, e abriram fogo contra os visitantes. A ação não agradou o governo que enviou soldados a Choushuuhan. Um combate ocorreu e resultou na morte de centenas de pessoas.

A província não gostou da retalhação e se uniu a outras que estavam descontentes com o governo Edo, que mantinha o Japão preso ao Shogunato. Surgiu então da união dessas províncias uma nova facção que lutava por um novo Japão, a Meiji Ishin.

A Meiji Ishin era encabeçada por três pessoas: Shintarou Nakoaka, Ryouma Sakamoto e Toshimichi Ookubo que passaram a organizar o movimento reformista. Temendo um ataque, o governo Edo cria uma polícia especial em Kyoto para deter os rebeldes, a Shinsengumi. Ela matava qualquer um que mostrasse um mínimo de alinhamento aos revolucionários. Para se protegerem os líderes da Meiji Ishin recrutaram espadachins e formaram uma nova tropa, Ishinshishi.

A Bakumatsu, a guerra civil terminou com vitória da Meiji Ishin, quando então surgiu um novo governo, o Meiji, que se baseou na cidade de Edo, conhecida hoje como Tóquio. Mas as mudanças sociais e políticas estavam apenas começando. Ainda havia muito descontentamento no ar e classes sociais marginalizadas como os próprios samurais.

Durante muito tempo as autoridades do novo regime perseguiram os defensores do antigo sistema Edo, enquanto o Japão abria suas fronteiras para novos países, iniciando sua industrialização.

A Revolução Meiji (1868-1900) marcou a entrada do Japão na corrida imperialista do século XIX. Para conquistar a supremacia da Ásia, as elites japonesas seguiram dois caminhos: o do domínio econômico e o do expansionismo militar.

No período posterior à Primeira Guerra Mundial (1914-1918) o Japão começou a exercer um poder maior na hegemonia mundial.

O imperialismo nipônico no extremo leste asiático seria bruscamente interrompido pela crise de 1929. A economia japonesa era dependente do mercado externo es os resultados da crise nos Estados Unidos acabaram comprometendo as relações comerciais do Japão com o exterior. Como consequência, os mercados estrangeiros do Japão reduziram-se de maneira drástica, o que instalou uma grave crise econômico-social.

No fim da década de 1930, o Japão apresentava-se ao mundo como uma nação forte e determinada a manter sua hegemonia na Ásia. Por isso, o governo japonês considerava a União Soviética a grande rival em termos de hegemonia no extremo oriente. Numa tentativa de neutralizar o poder soviético, os japoneses trataram de assinar um pacto com a Alemanha, que ficou conhecido como o Pacto Anti-Komintern, isto é, contra a União Soviética e o que ela representava, o comunismo. Esse acordo foi o embrião de eixo, aliança política que reuniu Alemanha, Itália e Japão na Segunda Guerra Mundial.

Conclusão

Com o término do período Tokugawa, o Japão deixou de se isolar do resto do mundo e passou a assinar tratados de comércio e amizade com diversas nações, dentre elas, o Brasil em 1895. O intercâmbio de relações refletiu-se sobre o movimento migratório. Os japoneses aos poucos foram se espalhando pelos vários continentes no exercício de diferentes atividades. O que acarretou também uma marginalização da nação japonesa, pelas próprias nações que buscaram a abertura do Japão, um exemplo clássico é a troca da representação daquele país nas telas dos filmes americanos, do herói samurai japonês pelo japonês idiota e bêbado, sempre em situação de subalterno, sem honra ou dignidade.

Por: Marcia Cristina Tordin

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