Corpo Humano

Intestino Grosso

No intestino grosso o processo da digestão é finalizado, com a reabsorção de água, vitaminas e sais minerais. Esse órgão se localiza após o intestino delgado e tem cerca de 1,5 metros

Muito pouco do que comemos é desperdiçado. Na verdade, cerca de 95 % dos nutrientes são aproveitados pelo nosso organismo. Os resíduos da digestão são eliminados pelo intestino grosso.

Anatomia do intestino grosso

O órgão é composto por três regiões: o ceco, o cólon e o reto.

Ceco

Os alimentos que não foram absorvidos durante a digestão seguem do intestino delgado para o ceco depois de cerca de nove horas de trânsito intestinal. Essa região apresenta apenas 5 cm, e é nela que se encontra o apêndice vermiforme.

O apêndice vermiforme já foi considerado como uma estrutura vestigial, sem função aparente, porém estudos recentes indicam que exerce importante função imunitária, além de armazenar bactérias que auxiliariam na digestão.

Nos humanos, uma inflamação no apêndice, denominada apendicite, se não for tratada, pode levar a uma infecção muitas vezes fatal. O tratamento é cirúrgico.

Nos animais herbívoros, o ceco é mais desenvolvido, pois atua como um reservatório onde ocorre parte da digestão. O apêndice humano pode ser considerado um vestígio do ceco desenvolvido dos herbívoros.

Cólon

Em seguida, os alimentos seguem para o cólon, a maior parte do intestino grosso. É dividido em quatro regiões: cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente e curva sigmoide. Nele ocorre a absorção da água e dos sais minerais que não foram absorvidos pelo intestino delgado.

Nessa região também verificam-se glândulas que secretam muco, que lubrifica o bolo fecal e facilita seu trânsito até eliminação.

Reto

O reto é a parte final do intestino grosso, com aproximadamente quinze centímetros; termina no canal anal, com abertura denominada ânus. O reto tem como função acumular as fezes e realizar a absorção final da água e dos sais, antes de o bolo fecal ser eliminado pelo ânus.

As fezes, formadas por água, restos não digeridos de alimentos, como a celulose e um grande número de bactérias, são eliminadas pelo reto, um canal musculoso que se abre para o exterior através do ânus. A digestão completa pode demorar entre 12 e 24 horas, desde a deglutição à eliminação das fezes.

Um fato interessante é que cerca de 30% das fezes humanas são constituídas por bactérias vivas e mortas. O restante são sobras de alimentos não digeridos, como fibras vegetais, que podem permanecer por muitas horas nas partes do cólon descendente, curva sigmoide e reto. A coloração das fezes pode se modificar de acordo com a alimentação e, por isso, deve-se estar atento à presença de qualquer anormalidade, a fim de detectar algum dano no tubo digestório.

Ilustração do intestino grosso.

Saúde do intestino grosso

Para garantir a saúde do intestino grosso, é fundamental a hidratação correta no dia a dia. O consumo de água varia conforme a dieta, o clima e o nível de atividade física praticada por cada indivíduo. No entanto, a falta de água no organismo prejudica inúmeras funções, como a ocorrência de reações químicas nas células, o volume e a pressão do sangue, a eliminação das toxinas, a regulação da temperatura, além de comprometer a motilidade intestinal, prejudicando a digestão.

Além da ingestão de água, a prática de exercícios físicos regulares é um fator que auxilia na digestão dos alimentos e no movimento da massa fecal para a evacuação. Os exercícios aeróbicos, como andar, correr e nadar, aumentam o ritmo cardiorrespiratório e são excelentes para a prevenção de inúmeras doenças, inclusive as que acometem os intestinos.

Pólipos intestinais

Os pólipos intestinais são pequenas protuberâncias da mucosa intestinal que afetam entre 15% e 20% da população humana, sendo uma das doenças mais comuns que atingem o intestino grosso.

Inicialmente são pequenas protuberâncias que não causam grandes alterações, mas, com o tempo, podem vir a crescer, levando ao desenvolvimento de tumores. Eles surgem como resultado de mutações genéticas das células que formam a parede dos intestinos, sendo comum manifestar-se nos indivíduos acima dos 50 anos de idade.

Os sintomas podem ser a presença de sangue e muco nas fezes, bem como alterações no funcionamento dos intestinos. Para detecção da doença, deve-se realizar um exame chamado colonoscopia.

Os pólipos podem ser removidos pela própria colonoscopia, sem necessidade de cirurgia. Uma vez removidos totalmente, torna-se rara a recorrência dos pólipos, mas ela pode ocorrer.

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