Geografia

Vulcanismo

O vulcanismo trata-se da atividade de expelimento de matéria sólida, líquida e gasosa das câmaras de magma existentes na astenosfera e na litosfera, sendo típico de regiões de fragilidade geológica. Essas regiões são as de contato entre as placas tectônicas.

A matéria sólida é constituída de rochas que se des­prendem do cone vulcânico ou de magma que se solidifica em pleno ar com as explosões. A matéria líquida é constituída de lava, substância mineral fluida que chega à superfície a temperaturas de 600 a 1.200 graus centígrados. A gasosa é formada por gases resultantes das combinações químicas que ocorrem no interior da Terra e por vapor d’água.

Quando as lavas são ácidas, seu resfriamento é rápi­do, formando cones vulcânicos e estrutura rochosa de composição semelhante ao granito. A saída do material ígneo ocorre por um orifício condutor cen­tral chamado chaminé. Na porção superior da cha­miné, que sofre alargamento, forma-se a cratera.

Partes de um vulcão

Quando as lavas são básicas, seu resfriamento é lento. Portanto elas escorrem pela superfície sem formar co­nes, criando estruturas rochosas de composição seme­lhante ao basalto. Sucessivas erupções numa mesma região podem sobrepor esse material em várias cama­das ou estratos. Trata-se do vulcanismo rético, como o que ocorreu no Sudeste e Sul do Brasil em antigas eras geológicas, formando as estruturas basálticas que originaram o solo de terra-roxa.

É interessante como quanta gente se pergunta por que o homem convive, desde a antiguidade, com re­giões passíveis de erupções vulcânicas. Inegavel­mente, os solos de origem vulcânica são o grande atrativo que tais regiões exercem, pela alta fertilida­de que possuem, o que viabiliza a prática agrícola sem investimentos em adubos.

A região do planeta onde há a maior ocorrência de vulcões é o Círculo de Fogo do Pacífico, abrangendo toda a porção oeste do continente americano, leste do continente asiático e ilhas da Oceania.

Quando a câmara vulcânica está próxima de lençóis freáticos, as rochas aquecidas fazem a água do subsolo entrar em processo de ebulição. Atravessando fendas nas rochas a água esguicha em intervalos regulares, caracterizando o fenômeno dos gêiseres. Eles são típi­cos da Islândia, Nova Zelândia e EUA.

Nestes casos, dependendo da ocorrência e da capaci­dade tecnológica local, pode-se fazer o aproveitamento desta água aquecida como fonte energética, como é o caso da Islândia, que apresenta 70% de seu consume proveniente de energia geotérmica.

Por: Renan Bardine

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