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Gêneros Jornalísticos

Os gêneros jornalísticos podem ser classificados de acordo com a intenção comunicativa predominante. Dividem-se em gêneros informativos (notícias e reportagens) e gêneros opinativos (editorial, artigo e crítica).

Gêneros informativos

As ações praticadas pelos jornalistas são de extrema importância para a sociedade. São eles que informam as pessoas, trazendo e formulando notícias da forma mais imparcial possível.

Notícias e reportagens, então, precisam ser objetivas e imparciais, pois refletem acontecimentos; não podem expressar a opinião de quem as escreveu, ou seja, não são textos opinativos ou de entretenimento, nem mesmo interpretativos: faz-se necessário que sejam textos totalmente informativos.

Existe, no entanto, um grau de parcialidade, mesmo que mínimo, pois o jornalista escolhe qual aspecto será evidenciado na notícia. Esse processo “tira” a total imparcialidade do texto.

Gêneros opinativos

Mas o jornal, como veículo de grande liberdade de expressão, também trabalha com textos parciais, em que se publicam matérias com base no ponto de vista de quem as escreveu, ou mesmo com o ponto de vista do jornal, como o editorial, que interpreta os fatos noticiados.

Como texto opinativo, o editorial não só expressa o ponto de vista como também as tendências do jornal, ou seja, mais conservador ou mais liberal. Porém, lembremos: os textos informativos desses veículos não são comprometidos com as tendências dos mesmos ou então o jornal perderia o crédito junto à imprensa e à sociedade.

Jornais empilhados

Geralmente o editorial contém um resumo do conteúdo do veículo informativo: aborda a reportagem ou o fato pertencente àquela edição que mais chamará a atenção dos leitores, e aborda questões importantes, também referentes a esse número.

É organizado em três blocos ou partes: a tese, o desenvolvimento e a conclusão. A tese é a introdução da opinião que se vai defender; o desenvolvimento contém a apresentação dos argumentos defendidos pelo jornal e a reprovação dos argumentos contrários, e a conclusão é o reforço da opinião ou posição defendida pelo jornal.

O artigo de opinião se organiza em uma linha argumentativa: começa com a identificação do tema, seguida da tomada de posição do autor (se concorda, discorda, ou concorda em partes, discordando em outras). É na tomada de posição que o autor passa a construir sua tese. No desenvolvimento, ele apresenta argumentos para justificar essa tese, baseados na interpretação dos fatos.

O artigo de opinião não só tem o objetivo de informar, mas de convencer o leitor a assumir o mesmo ponto de vista do autor. Para isso, ele usa estratégias como comentários, análises e avaliações pessoais dos fatos. Para se interpretar um artigo, é preciso entender qual foi o ponto de vista assumido, quais são os interesses e aonde o autor quis chegar utilizando tal tema e abordando tais fatos e informações, como no texto de Lya Luft.

A crítica já é um texto mais parecido com o artigo, por opinar sobre determinado assunto ou manifestação cultural (filmes, livros, dança, teatro, músicas, artes plásticas, costumes etc.). Diferentemente do que se possa pensar, a crítica não tem somente o intuito de mostrar defeitos – como entendemos o sentido comum da palavra crítica –, mas serve para demonstrar qualidades e observações válidas dos assuntos ou objetos e ideias artísticas abordados.

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