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Linguagem Culta e Linguagem Coloquial

Linguagem é a capacidade humana de se comunicar. Ela sofre variações, levando em conta o contexto de comunicação, o interlocutor e a mensagem que se quer passar. Justamente por se adaptar às necessidades de comunicação, é possível apontar duas formas diferentes de linguagem: a linguagem culta e a coloquial.

As pessoas não se comunicam sempre da mesma forma. Elas fazem seleções diferentes de palavras de acordo com a pessoa com a qual estão falando, o assunto do qual falam e também a situação em que a comunicação ocorre. Esses fatores específicos fazem com que se comunique de formas diferentes

A linguagem culta

Outros nomes para a linguagem culta é formal e padrão. Essa é a linguagem utilizada em documentos oficiais do Governo, em documentos científicos, nos livros teóricos, em relatórios escolares e de trabalho, etc. Todo tipo de situação que exija uma comunicação formal se utilizará da linguagem culta. 

Linguagem culta e linguagem coloquialA linguagem culta é aquela que segue o estipulado pelos dicionários e manuais de gramática. Nela as palavras devem ser articuladas corretamente, evitando-se abreviações e vícios de linguagem. Além disso, as concordâncias verbais e nominais devem ser feitas da maneira certa, não havendo espaço para adaptações e gírias.

A linguagem culta é uma variação linguística muito prestigiada. Pessoas que sabem se utilizar dessa variante têm mais chances de serem bem sucedidas em uma entrevista de emprego, por exemplo. Importante dizer que pessoas que não sabem utilizar essa variante são tidas, muitas vezes, como inferiores, situação que gerou reflexão sobre o conceito de preconceito linguístico.

A linguagem coloquial

A linguagem coloquial é o oposto da linguagem formal. Essa variante é usada em situações informais de comunicação, como as conversas com amigos, com a família, bilhetes e cartas pessoais, mensagens na internet, etc. Essa variante, em oposição à linguagem culta, é espontânea, sem alto grau de elaboração.

Na linguagem coloquial são permitidas as gírias, incorreções de coerência nominal e verbal, além de contração de formas (para vira “pra”, você vira “cê” espera aí vira “peraí”, etc.). Alguns vícios de linguagem, também chamados de articuladores de ideias, podem ser usados na linguagem coloquial: aí, né, tipo assim, etc.

No uso da linguagem coloquial ou popular também são permitidas as expressões chamadas de expressões da fala ou de coloquialismos. Alguns exemplos desses coloquialismos são calma aí, pega leve, se toca e vamos maneirar.

Da mesma forma que a linguagem culta é tida como a variante de prestígio também é possível apontar um fato importante sobre a linguagem coloquial: ela é acessível a todos e qualquer falante. Nem todas as pessoas têm acesso ao estudo, onde aprendem a usar a linguagem formal. Entretanto, desde que aprendem a falar, as pessoas utilizam a linguagem coloquial, além de ouvi-la diariamente.

Por: Gabriele Ferreira

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