História

Política do Big Stick

No final do século XIX acontecia um tremendo fortalecimento das relações dos Estados Unidos com a América Latina. Os interesses econômicos do país norte-americano eram muito grandes. Todos os seus olhos se voltavam para o seu continente, visto que aqui eles poderiam retirar boa parte dos seus lucros. A partir disso deu início a política do big stick.

A intenção dos Estados Unidos era tornar livre todo o continente americano. Ou seja, livrar das garras europeias. Mas consequentemente, os Estados Unidos, não queria apenas a liberdade dos países americanos, eles queriam, na verdade, que os países daqui ficassem acorrentados às suas políticas econômicas.

A Doutrina Monroe “A América para os Americanos” veio para consolidar tal período. Esse lema tinha o intuito de promover os Estados Unidos como o grande libertador das garras europeias. Mas no fundo, a sua visão era muito mais econômica do que propriamente progressista e ideológica.

Política do Big Stick

Esse termo, tratado muitas vezes como ideologia, é colocado devido às ações do presidente norte-americano Theodore Roosevelt (1901-1909). Sua inspiração, na tradução livre: política do grande porrete veio de um provérbio africano, no qual dizia “fale com suavidade, e carregue um grande porrete, assim irás longe”. Ou seja, havia uma busca incessante pela liberdade, desde que seguisse as ordens dos Estados Unidos através da coerção.

A violência vem sendo utilizada pelos Estados Unidos de forma constante. Todos os acontecimentos, para viabilizar o seu status econômico, são marcados pela grande influência militar do país.

Figura representativa da política do Big Stick na AméricaEsse ponto de vista, da Doutrina Monroe, tinha como único favorecido os Estados Unidos. O seu ponto de vista era levado de forma autoritária para os outros países, tendo a imagem deles retratada com os grandes libertadores.

As suas influências foram tão grandes que conseguiram atingir fortemente a América Central. Alguns dispositivos foram colocados, por exemplo, na constituição da recém liberta Cuba. Nesse dispositivo, os americanos poderiam entrar em Cuba assim que sentissem que o país estava sendo ameaçado. Ou seja, a liberdade e autonomia do país recém liberto tinham sido cerceadas pelos americanos.

No que tange o Panamá, outro país da América Central, os Estados Unidos foram muito contundentes. Influenciaram e ajudaram o país se tornar livre. No entanto, como moeda de troca, conseguiu negociar com o Panamá, uma relação bem vantajosa para os Estados Unidos, sobre o recém criado Canal do Panamá.

Além disso, diversas ocupações foram feitas. Tudo isso a fim de não prejudicar os caminhos escolhidos pelos Estados Unidos. Países como: México, Cuba, Panamá, República Dominicana, Honduras, Haiti, Nicarágua, além de Porto Rico foram invadidos pelos exércitos norte-americanos, tudo em vista a proteção dos seus interesses econômicos.

A política do grande porrete veio para facilitar a entrada dos Estados Unidos em áreas que até então ele não tinha muita influência. Até hoje, sua influência nesse continente é muito grande em virtude desse processo do início do século.

Por isso, lembre-se que o poder militar dos americanos é muito importante para as suas estratégias econômicas. Vale lembrar que o militarismo é um braço essencial para a pregação dos seus ideais políticos e econômicos.

Por fim, o que podemos constatar é que a política do big stick não teve um viés progressista. Apenas veio para facilitar as relações de mercado e econômica dos Estados Unidos com o países americanos, principalmente aqueles da área central.

Para analisar a história dos Estados Unidos e dos seus atos militares é preciso muita cautela, visto que por trás disso há sempre muitos interesses em jogo. Principalmente dos empresários norte-americanos.

Lembre-se que a política do Big Stick aconteceu no início do século XX, porém as suas consequências são percebidas até hoje, em pleno século XXI.

Por: Claudio Armelin Melon

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