História

Período Pré-homérico: o povoamento da Grécia

No Período Pré-homérico ocorreram as invasões dos povos arianos (indo-europeus) que, através da península Balcânica, chegaram à Grécia em sucessivas vagas de ocupação. Trata-se dos aqueus, eólios, jônios e dórios.

Os aqueus, quando chegaram à Grécia, encontraram um povo de cultura rudimentar: os pelasgos, ou pelágios, que foram assimilados; em seguida, fundaram algumas cidades, destacando-se Tirinto e Micenas.
Logo após, entraram em contato com os habitantes da ilha de Creta, cuja cultura assimilaram. Surgiu assim a civilização creto-micênica.

Por volta de 1700 a.C., a chegada dos eólios e jônios aumentou a população micênica, que iniciou então uma expansão marítima, durante a qual entrou em choque com a supremacia cretense no mar (talassocracia). Cnossos, a principal cidade de Creta, foi destruída. A lenda do Minotauro conta esse fato simbolicamente: o rei de Creta, Minos, mandou construir um labirinto onde encerrou seu filho, um monstro antropófago, que mais tarde foi morto por Teseu, herói grego de Atenas.

A expansão micênica continuou pelo mar Egeu em direção ao mar Negro, onde Troia foi destruída, como conta Homero na Ilíada. Homero atribui a Guerra de Troia ao rapto de Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta, por um príncipe troiano. Na verdade, a destruição de Troia foi mais um capítulo da expansão micênica que se iniciara com a tomada de Cnossos.

Nesse momento máximo da expansão micênica, chegou à Grécia o grupo dório, também ariano, de nível cultural inferior mas possuidor de armas de ferro. Os donos arrasaram Micenas e provocaram a primeira Diáspora (dispersão) grega em direção à Ásia Menor.

Dentro da Grécia, então, a população passou a viver isoladamente em grupos clânicos chamados genos. Esse fato assinala o fim do Período Pré-homérico e o início do Período Homérico, assim chamado porque só pode ser entendido a partir da Ilíada e da Odisseia, poemas cuja autoria é atribuída a Homero.

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