Química Geral

Armas Químicas

As armas químicas tem um alto poder de destruição, porém, não se assemelham aos poderes das armas biológicas, pois estas atuam de forma grandiosa, causando impacto em grandes quantidades de pessoas por transmissão de vírus e bactérias, sem odores e nem sabores, no entanto as armas químicas também têm o seu poder.

É bom saber que quando falamos de armas químicas, não nos referimos à bomba atômica ou bomba de hidrogênio, que são consideradas armas atômicas, pois estão relacionadas com a fissão ou a fusão do núcleo atômico. Algumas armas químicas utilizadas para o terrorismo químico são: gás mostarda, SARIN, gás cianídrico, gás cloro e o VX.

Gás mostarda

Este gás é causador de graves irritações na pele e nos olhos, comumente conhecido como agente pustulento. É incolor no estado puro, no entanto, ele é encontrado geralmente, na sua forma impura, sendo assim, possui uma coloração que varia de amarelo a marrom, possuindo um odor característico de alho ou mostarda.

Ele pode infiltrar-se nos olhos, nas mucosas, ou na pele, isso tanto na sua forma de vapor ou mesmo liquefeito. Sua fórmula estrutural está representada acima, sendo um composto químico orgânico também chamado de mostarda sulfúrica, sua fórmula molecular é C4H8Cl2S. O gás mostarda foi utilizado na primeira guerra mundial, sendo também utilizado nas ‘lutas’ militares na Etiópia em 1936. Ele também foi muito produzido no período da segunda guerra mundial e também estocado desde aquela época, sendo encontrados estoques nos EUA.

Propriedades físicas:

  • ponto de fusão: -217°C;
  • ponto de ebulição: -13°C;
  • massa molar: 159,07 ;

O contato com o gás causa lesões no trato respiratório, na pele e nos olhos, como já dito anteriormente, no entanto, não se restringe a somente isso, os danos causados pelo gás mostarda, ele também causa supressão da medula óssea e lesão neurológica e gastrointestinal, provocando também mudanças celulares em poucos minutos de contato.

A pessoa contaminada chega a apresentar dores e efeitos clínicos em torno de 24 horas após o contato.

Não existe antídoto para a exposição ao gás mostarda.

O melhor procedimento a se tomar caso haja contaminação é a afastamento do agente causador, da área exposta ao contato com o composto, isso fará as consequências do contato serem reduzidas.

Sarin

Sarin é um composto utilizado como arma química, sendo um composto altamente tóxico, tanto em sua forma líquida como na forma gasosa, que ataca o sistema nervoso central.

Sarin possui a fórmula molecular C4H10FO2P.

Ele é um composto orgânico do tipo organo fosforado, sendo usado desde a segunda guerra mundial, ele age de maneira rápida e é muito tóxico, sendo que ele sofre variação com o pH do meio, ou seja, a sua meia vida, à temperatura de 25°C sofre queda com a diminuição ou com a elevação do pH, sendo ele, atuante na sua forma mais ‘potente’ com pH do meio entre 2 e 8, aproximadamente, sendo assim, ele age bem em pH ácido. A sua meia vida é contada em horas. O ácido fosfórico age como catalisador, sendo a temperatura também ajudante na velocidade de hidrólise do composto.

O Sarin pode ser utilizado em mísseis, por exemplo, sendo colocado em mistura com outros compostos, entre eles o isopropanol, o isopropalamina com ácido fluorídrico, geralmente.

Ele também pode ser utilizado em “sprays”, como gás ou líquido. Este último pode ser adicionado à comidas, de forma a contaminar quem a consumir.

O Sarin pode matar em questão de minutos, após a exposição. A substância penetra no corpo por inalação, ingestão, ou também pelos olhos, ou pela pele.

Os sintomas variam, no entanto, os mais comuns são olhos lacrimejantes e salivação, ocorre também a contração das pupilas, também ocorre sudorese(suor excessivo), bem como dificuldade de respirar, visão turva, náusea, vômito espasmos e dor de cabeça.

A morte se dá pelo ataque à musculatura, ou seja, no momento em que ocorre o ataque à musculatura corporal, ocorre a incapacidade da sustentação de funções como a respiração, pois ocorre a paralisia dos músculos.

Caso uma pessoa seja exposta à uma concentração, por exemplo, de 200 mg de sarin/m³, pode ocorre o falecimento em poucos minutos.

O efeito tóxico do composto depende da concentração de ar inalado, ou seja, da quantidade de vapor de sarin presente no ambiente.

A medida a ser tomada mais imediatamente é a retirada das roupas e lavagem do local contaminado, sendo que existe antídoto para o Sarin, no entanto é de difícil acesso, apenas poucas localidades possuem os antídoto.

Propriedades físicas:

  • ponto de fusão: -56°C
  • ponto de ebulição: 147°C
  • densidade: 1,089

Características das armas químicas

A utilização de uma arma química visa vantagens táticas imediatas aliadas a uma estratégia a longo prazo. É usada basicamente com os intuitos de:

  • Interditar o terreno.
  • Impedir o reagrupamento das forças inimigas.
  • Permitir o ataque a uma posição fechada.
  • Estender o alcance a grandes áreas, uma vez que devido à sua mobilidade, o gás toxico pode formar nuvens 5 a 25 vezes mais ampla do que a área de aplicação.

Em todas estas circunstâncias, o elemento surpresa é fundamental para o sucesso da ofensiva.

As condições meteorológicas do local de alvo são muito importantes neste tipo de ataque. É necessário que as correntes de ar estejam voltadas na direção adequada. Ainda assim, a ocorrência de ventos fortes (velocidades superiores a 10 km/h), ao mesmo tempo que espalha o produto por uma área maior, também o dilui em concentração, sendo portanto necessário a utilização de quantidades maiores. Outros fatores adversos podem ser adicionalmente mencionados. Uma forte turbulência auxiliará na dispersão dos gases, a existência de chuvas fortes lavará as substâncias tóxicas do ar, e um solo numa temperatura mais quente do que o ar sobre ele fará com que as concentrações necessárias sejam maiores do que as previstas.

A persistência do agente será afetada pela textura e porosidade do solo ou pela presença ou ausência de vegetação. Contaminantes químicos que tiverem penetração lenta na cobertura das árvores ou na madeira, persistirão mais tempo nas florestas do que em terreno aberto. O clima e o terreno são tão importantes em determinar a persistência da contaminação que o mesmo agente pode permanecer ativo por períodos com diferenças que vão de vários dias até semanas ou meses, dependendo das circunstâncias locais. Consequentemente, uma classificação dos agentes químicos como persistentes ou não persistentes, somente com base nos diferentes graus de volatilidade é um tanto quanto arbitrária.

Os gases podem ser espalhados por obuses (de 155 e 203 mm) de artilharia, ogivas de mísseis, ou bombas de aviação (13).

Uma forma moderna de aplicação foi desenvolvida durante a década de 1980, e é constituída pelas chamadas armas binárias. As duas substâncias, não tóxicas, precursoras do produto final são colocadas em um obus, separadas por um disco de ruptura. Quando acontece o impacto com o solo, o disco se rompe, as duas substâncias entram em contato e reagem formando o composto tóxico. Uma das espécies pode já estar carregada no obus, enquanto a outra é adicionada na hora do lançamento. Este procedimento facilita grandemente o transporte e a segurança do manuseio e armazenamento. Em adição à redução destes perigos, os sistemas binários permitem a manufatura de componentes não letais em plantas químicas civis, as quais não são necessariamente equipadas com as medidas de segurança exigidas para a produção de munições com agentes neurotóxicos.

O sarin e o soman se prestam para a utilização em armas binárias porque sua formação é imediata, a partir da mistura de dois precursores. No primeiro caso, são utilizados álcool isopropílico de um lado, e dimetilfosfonil-difluoreto (H3C-PF2=O) com catalisadores do outro. No segundo os precursores são etil-2-isopropilaminoetil metil fosfonio e dimetilpolissulfeto.

Conclusão

Com a execução desse trabalho, nós aprendemos que as armas químicas tem um grandioso poder de destruição, como o Gás mostarda que  causa queimaduras e resseca os olhos e os pulmões, o Cianido de Hidrogênio  que entra nos pulmões e impede o tráfego de  oxigênio  das  corrente sanguíneas e vários outros químicos que prejudicam muito as pessoas.

As armas químicas transportam substâncias tóxicas irritantes que atacam a orofaringe (uma das divisões da faringe), pele e tecidos de  animas e vegetais. A infra-estrutura de uma cidade, pode ser prejudicada e possivelmente haverá contaminação do solo e do lençol freático. E outra informação que tiramos no andamento do trabalho foi que, dependendo da arma química ela pode formar nuvens de 5 a 25 vezes mais ampla do que a área de aplicação.

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