Geografia

Ciclones, furacões, tufões e tornados

Ciclones, furacões e tornados são fenômenos meteorológicos que correspondem a grandes alterações atmosféricas, como ventos muito fortes acompanhados de chuvas torrenciais e até neve ou precipitação de granizo. Em determinadas estações climáticas podem ocorrer alterações de temperatura e pressão atmosférica que justificam estes fenômenos.

Os meteorologistas classificam de vendavais quando os ventos chegam a 70 km/hora e de tempestades quando chegam a 100 km/hora. Ambos são acompanhados de pouca chuva e ocorrem quando duas áreas com pressão atmosférica muito diferente se encontram. Com ventos acima de 117 km/hora ocorrem os fenômenos tema deste artigo.

Ciclones, furacões ou tufões

São nomes usualmente empregados para designar fortes ciclones tropicais. Quando grandes porções de ar com baixa pressão atmosférica se formam sobre os oceanos, nas regiões tropicais, ocorre a formação de uma coluna de ar ascendente, porque o ar quente é leve.

À medida que essa coluna de ar sobe, os ventos que se deslocam horizontalmente começam a fazê-la girar e o vapor de água contido na coluna de ar quente se resfria e condensa, formando gotículas de água e nuvens. Ao longo de alguns dias, esse processo vai se intensificando e, com ele, trovões e chuvas torrenciais.

Se os ventos que sopram ao redor chegarem a uma velocidade muito grande, a pressão atmosférica dentro da coluna ascendente de ar cairá rapidamente, formando o que se convencionou chamar de olho do furacão. A ocorrência dos furacões pode durar alguns dias e eles podem se deslocar a uma velocidade de 19 a 32 km/h.

Esse fenômeno é denominado furacão quando se forma no oceano Atlântico. Entretanto, quando se forma nos oceanos Índico e Pacífico, é denominado tufão.

Formação de um ciclone.
O olho do ciclone Catarina, raro ciclone extratropical que passou pelo Brasil em 2004.

Os ciclones ou furacões podem ser classificados dentro de uma escala chamada Saffir-Simpson, que leva em consideração a pressão atmosférica no olho do furacão, a velocidade dos ventos e a intensidade das tempestades. Essa escala varia de 1 a 5 e é usada para medir o poder de destruição de um furacão. Veja abaixo.

  • A categoria 1, mínima, indica ventos de 119 a 152 km/h;
  • A 2, moderada, possui ventos de 153 a 177 km/h;
  • A 3, ampla, com ventos que atingem de 178 a 209 km/h;
  • A 4, extrema, que indica ventos entre 210 a 249 km/h;
  • A 5, catastrófica, com ventos que atingem mais de 249 km/h.

Os tornados

Os tornados são o pior tipo de perturbação meteorológica que se pode ter. Eles se formam quando uma coluna de ar ascendente se liga, simultaneamente, a uma nuvem carregada de umidade e ao solo. Eles são vórtices (redemoinhos) atmosféricos e seus ventos podem chegar a 500 km/h.

Embora muitas vezes possam ser confundidos com furacões, existem muitas diferenças entre eles. A principal é que os tornados só se formam sobre os continentes, são mais intensos e curtos, enquanto os furacões se originam nos oceanos das regiões tropicais, são menos intensos, porém duram mais tempo.

Formação de um tornado.
O tornado é extremamente violento e causa sérias perdas materiais e humanas.

Quando um tornado passa sobre uma região, costuma arrancar pedaços de objetos e até árvores, carregando-os; por isso, quando atinge alguma área habitada, fica mais perigoso ainda.

A força de um tornado é medida pela escala Fujita, variável de zero a cinco e que mede a intensidade da destruição provocada. Veja abaixo.

Escala de força dos tornados.

Por: Wilson Teixeira Moutinho

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