Geografia do Brasil

Geografia do Brasil – Resumo

Com extensão territorial de 8541 205 km2, que o torna o quinto maior país do mundo e o terceiro do continente americano, o Brasil é considerado um “país-continente“.

O Brasil apresenta uma vastidão territorial cuja estrutura rochosa serve de base para diferentes tipos de solo, vegetação, águas continentais e oceânicas. É nesse espaço que atuam elementos climáticos diversos, que podem alterar a paisagem.

A posição geográfica brasileira

A linha do Equador atravessa o norte do território brasileiro. Assim, 7% da área do país está situada no hemisfério norte, e os 93% restantes, no hemisfério sul. Em relação ao meridiano de Greenwich, o Brasil encontra-se totalmente situado no hemisfério ocidental ou oeste, ocupando a porção centro-leste da América do Sul. Suas dimensões territoriais permitem que faça fronteira com quase todos os países sul-americanos, à exceção do Chile e do Equador.

Os limites do território brasileiro estendem-se por 23086 km, sendo 15 719 km de fronteiras terrestres e 7 367 km de litoral com o oceano Atlântico.

Divisão de fronteiras do território brasileiro.

O Brasil nas zonas climáticas

Devido à sua grande extensão territorial, o Brasil apresenta características físicas e naturais muito variadas. O país se estende por duas grandes zonas climáticas, que são a tropical e a temperada ou subtropical.

Os dois paralelos principais que atravessam o território, a linha do Equador e o trópico de Capricórnio, delimitam a área do planeta na qual os raios solares incidem diretamente. Essa incidência gera um calor mais intenso, fazendo com que o Brasil seja conhecido como um “país tropical“, pois nele predominam Climas tropicais com temperaturas altas, chuvas abundantes e a presença de grandes formações florestais.

Relevo brasileiro

O Brasil é marcado pela presença de formações geológicas antigas e por relevos de altitudes modestas, geralmente inferiores a mil metros. Apenas 3% do território se encontra acima dos novecentos metros de altitude.

Apesar de algumas elevações maiores, as formas de relevo do país são modeladas principalmente pela ação dos processos erosivos. No caso brasileiro, a grande umidade provoca intensa decomposição química das rochas. O processo dá origem a solos profundos e relevos na maioria das vezes arredondados e com formas suaves.

Isso significa que, embora a estrutura rochosa do território brasileiro seja antiga, as formas de relevo são recentes porque estão relacionadas a mudanças provocadas pelo desgaste erosivo. Sofrem, portanto, modelagem constante.

O levantamento estrutural das formas do relevo brasileiro caminhou paralelamente à evolução tecnológica disponível até o presente momento. A classificação atual, de Jurandyr Ross, é a seguinte:

  • Planalto (11 unidades de relevo);
  • Planície (6 unidades de relevo);
  • Depressão (11 unidades de relevo).
Mapa do relevo brasileiro

Veja mais: Relevo brasileiro.

Hidrografia brasileira

A hidrografia brasileira é profundamente influenciada pelo relevo acidentado e pelo clima: por isso, os rios costumam ser caudalosos e planálticos. Isso significa grande volume de água e abundância de cachoeiras, o que contribui para o potencial hidrelétrico do país. Cerca de 91% da energia usada no Brasil vem dessa fonte, que é não-poluente e renovável.

Nosso país é o mais rico em rios do mundo: detém 8% de toda a água doce que está na superfície da Terra. A maior bacia fluvial do mundo também fica no Brasil – é a Amazônica.

Visando melhorar o monitoramento e gestão das diversas bacias hidrográficas brasileiras, a Agência Nacional de Águas (ANA) adota uma macrodivisão em 12 regiões hidrográficas:

  • Região Hidrográfica Amazônica;
  • Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia;
  • Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental;
  • Região Hidrográfica do Parnaíba;
  • Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental;
  • Região Hidrográfica do São Francisco;
  • Região Hidrográfica Atlântico Leste;
  • Região Hidrográfica do Paraguai;
  • Região Hidrográfica do Paraná;
  • Região Hidrográfica do Sudeste;
  • Região Hidrográfica do Uruguai;
  • Região Hidrográfica Atlântico Sul.

Veja mais: Hidrografia brasileira.

Clima do Brasil

Aproximadamente 92% das terras brasileiras localizam-se na chamada zona intertropical. Por isso, nelas predominam os climas quentes e úmidos.

Apesar dessa predominância, há variações climáticas locais influenciadas por fatores como o relevo, a proximidade maior ou menor em relação ao mar e a atuação das massas de ar

O Brasil possui cinco grandes domínios climáticos:

  • Equatorial;
  • Tropical equatorial;
  • Tropical litorâneo do Nordeste oriental;
  • Tropical do Brasil central;
  • Subtropical úmido.

Veja mais: Climas do Brasil.

Vegetação brasileira

O predomínio de climas tropicais também exerce influência determinante nos tipos de vegetação. As florestas tropicais, além de abrigar grande diversidade de ambientes vegetais, apresentam a maior biodiversidade entre os biomas. Segundo estimativas, abrigam um terço das espécies de seres vivos do planeta.

A maior parte do território do Brasil já foi coberta por florestas, porém grande parte foi desmatada. A Mata Atlântica é uma das mais devastadas, e hoje resta pouco menos de 7% de sua formação original.

No Brasil, encontramos oito tipos de vegetação principais:

Veja mais: Biomas brasileiros.

População brasileira

A atual população brasileira formou-se com a miscigenação de três grandes grupos o europeu, o indígena e o negro africano. O encontro entre essas três etnias não foi harmonioso, mas deu origem ao povo brasileiro.

A miscigenação gerou pardos (mestiços de brancos e negros), caboclos (mestiços de brancos com indígenas) e cafuzos (mestiços de negros e indígenas).

Gerou também um forte sincretismo cultural, que se expressa na culinária (com destaque para o consumo da mandioca e do milho, difundido pelos indígenas), na música (em ritmos como o samba, de forte influência negra) e nos rituais religiosos, como o candomblé afro-brasileiro.

A partir do século XIX, com o fenômeno das novas levas de imigração, a essa mistura original se juntaram ainda árabes, japoneses e outros grupos, o que incrementou a sociedade brasileira do ponto de vista étnico e cultural.

A miscigenação brasileira, além de proporcionar pluralismo cultural, de elementos culturais exclusivos do país. Um exemplo é a língua, com expressões indígenas, criou palavras únicas em toda a língua portuguesa.

Autoria: Fabricio Brito Silva

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